Dados preliminares do novo boletim de dengue, zika e chikungunya do Ministério da Saúde mostram que o ritmo de transmissão dessas doenças começou a apresentar uma discreta queda no país.

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— Os indicadores levam a crer que a curva de transmissão começa a baixar — afirmou o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.

Isso significa que as taxas das doenças continuam a aumentar, mas em um ritmo menor do que nas últimas semanas.

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Antes de comemorar, afirmou Maierovitch, é preciso verificar se a tendência indicada no boletim mais recente, ainda não divulgado, se repete dentro das próximas semanas.

— Se isso de fato se concretizar, podemos ter efeito benéfico a médio prazo. Talvez consigamos evitar a grande epidemia de nascimento de bebês com microcefalia esperada para a Região Sudeste — completou.

Segundo informações do Ministério da Saúde, uma em cada cinco cidades adotou salas ou comitês municipais de coordenação e controle para o combate ao Aedes aegypti, vetor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus. Em todo o país, foram 1.094 municípios, 143 (64%) deles estão entre os 223 locais com incidência de dengue igual ou superior a cem casos por cem mil habitantes — e com população igual ou superior a 50 mil pessoas.

Microcefalia

Balanço também preliminar de microcefalia indica que no Nordeste o número de nascimento de bebês com a má-formação começa a cair. Até o dia 9, haviam sido confirmados 1.113 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita.

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Maierovitch destacou que na região aconteceu uma “infeliz coincidência” no ano passado: a maior circulação do zika vírus em uma área onde toda a população era suscetível e em um período em que o número de criadouros do mosquito estava muito elevado.

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*Estadão Conteúdo