Pós-doutor em economia pela Universidade de Oxford, Lauro Mattei tem aplicado seus conhecimentos para avaliar a evolução do coronavírus no estado. O professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) concluiu em estudo que a microrregião de Florianópolis vive um momento de aceleração dos casos. Ele alerta para a migração dos maiores índices para as cidades vizinhas.
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— Há uma aceleração maior do que o ritmo do Estado na microrregião de Florianópolis e um crescimento exponencial em três cidades da região conturbada da Capital. Isso mostra elevação muito grande da contaminação se não houver um conjunto de medidas comuns. Não adianta uma administração sozinha tomar uma medida de controle, porque as pessoas transitam em toda a área — avalia o professor.
Ouça a entrevista com o economista e professor Lauro Mattei:
As cidades citadas por Lauro Mattei são Palhoça, São José e Biguaçu. De acordo com o levantamento conduzido pelo economista, os municípios apresentam maiores taxas de transmissão. A virada se deu a partir do mês de junho, momento em que o Governo do Estado deu autonomia aos poderes municipais para a tomada de decisões relativas à pandemia.
— O grande contingente de pessoas contaminadas está na microrregião de Florianópolis, especialmente na Capital, São José, Palhoça e Biguaçu. De junho para julho nota-se nos dados o crescimento nas cidades vizinhas em relação à Capital. Uma aceleração grande dos casos. Enquanto Florianópolis nas últimas duas semanas apresenta uma taxa de crescimento de contágio de 10%, Palhoça chegou a 30%, São José 25%, Biguaçu quase 20% — explica Mattei.
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De acordo com a atualização feita pelo Governo do Estado nesta segunda-feira (6), Florianópolis tem 1.731 casos confirmados de coronavírus. Palhoça registra 942, São José 640 e Biguaçu 299. A Capital atingiu no início da semana a taxa de 90% de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).