Desde as enxurradas do início de abril, a Praia Brava, em Itajaí, conta com uma paisagem diferente. As chuvas que castigaram o Litoral Norte catarinense, aliadas à ressaca do mar, abriram três crateras na orla, causando transtornos aos pedestres e fechando a Avenida José Medeiros Vieira para o tráfego de veículos.
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Nesta segunda-feira, a situação começou a mudar. Depois de 20 dias sem obras de recuperação no local, máquinas da prefeitura iniciaram os primeiros serviços de limpeza e conserto da drenagem danificada. Para alívio de moradores e comerciantes da Praia Brava, a Secretaria de Obras projeta concluir a primeira fase dos reparos em até 15 dias.
– Moro aqui há dois anos e nunca tinha visto a praia assim. O maior problema é no trânsito, porque precisa fazer um caminho mais longo pra chegar – observa a moradora Débora Evelyn.
Dono de um quiosque à beira-mar, Genivaldo Alves dos Santos comenta que os buracos na avenida contribuem para o movimento menor nos comércios, principalmente em razão do trânsito interrompido. Sobre a recuperação, ele afirma que as obras demoraram demais para começar, e considera que o trabalho precisa avançar mais do que simplesmente reconstruir o asfalto e as calçadas.
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– Vão consertar e a obra vai ficar boa, mas eles precisam também limpar o Rio Ariribá. Se não fizerem isso, na próxima chuva forte vai dar problema de novo – avalia.
Cronograma
Conforme a Secretaria de Obras de Itajaí, a reconstrução da orla da Praia Brava terá três etapas. A primeira delas, que começou ontem e deve durar 15 dias, é a de limpeza, aterramento, recuperação da drenagem e liberação do trânsito de veículos.
A segunda fase compreende o desassoreamento do Rio Ariribá, a implantação de uma galeria para aumentar a vazão da água na Rua Carlos Drummond de Andrade. Para finalizar, será recuperado o pavimento e recolocada a iluminação pública.
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– Fizemos esse cronograma depois de um estudo da prefeitura sobre as razões do que aconteceu na Brava. Essa análise mostrou o que precisávamos fazer para que a reconstrução fosse uma obra duradoura – explica o secretário Tarcízio Zanelato.
Todos os serviços são feitos com recursos do município, mas como as etapas seguintes necessitam de licenças ambientais, projetos e licitações, ainda não há data para que elas comecem a ser executadas. O secretário, porém, garante que tudo estará pronto até o fim deste ano.
Em relação à demora para iniciar a primeira fase das obras, Zanelato justifica que havia a expectativa de uma ajuda financeira da iniciativa privada. Como nenhuma empresa se manifestou, a prefeitura decidiu tocar a recuperação da avenida.
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