Um estudo feito neste ano pelo ManpowerGroup, líder global em soluções de Recursos Humanos, com 39 mil empregadores em 43 países, entre eles o Brasil, aponta que diante das transformações tecnológicas, o mercado de trabalho enfrenta escassez de talentos. Quase metade (45%) dos entrevistados diz que não consegue encontrar nos candidatos as competências necessárias para as vagas disponíveis – o maior nível em doze anos. No Brasil, o índice é de 34%.
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Isso demonstra que nós estamos enfrentando uma “Revolução das Competências”, ao passo que algumas funções tradicionais estão desaparecendo e novas surgindo, gerando descompasso no preparo das pessoas de acordo com as habilidades técnicas e interpessoais exigidas no mercado. Nisso se desenha um perfil básico do profissional do futuro, que será cobrado por suas qualidades e capacidade de se relacionar, principalmente em relação a comunicação (verbal e escrita), colaboração, criatividade, empatia e vontade de aprender – as chamadas ‘soft skills’.
Essas atitudes são tidas como diferencial para integrar o profissional e a tecnologia, reduzindo o risco de substituição pela automatização. Cerca de 80% dos empregadores no mundo dizem que, nos próximos dois anos, pretendem manter ou aumentar a sua força de trabalho como resultado da automação (até 10% no Brasil), porém é preciso que os candidatos desenvolvam competências alinhadas a este novo modelo. Um indicativo de que robôs assumem tarefas e não empregos. Nessa transição de oportunidades e aptidões, porém, existe possibilidade de hiato de vagas para quem estiver despreparado.
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