O ponto de prostituição de transexuais na Rua Maringá, no Salto do Norte em Blumenau, não deve mais ser utilizado. A decisão foi acordada em uma reunião na tarde desta quarta-feira no posto da Polícia Militar na Itoupava Central. A partir de agora os transexuais que habitualmente utilizam a região terão que se distribuir por outras ruas da localidade, como a Engenheiro Udo Deeke.

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::: Reunião quer colocar fim a desavenças no Salto do Norte em Blumenau

O impasse começou há cerca de uma semana, quando os moradores da região fizeram manifestações contra as consequências do mercado do sexo na rua. Eles reclamam da sujeira deixada após cada madrugada e de possível tráfico de drogas na região. O encontro contou com a participação de três representantes da comunidade, três profissionais do sexo, além de representantes do Conselho de Segurança, Polícia Militar e do Coletivo LGBT Liberdade.

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– Entramos em acordo com os moradores para não usar a Rua Maringá e a reunião foi muito proveitosa pois ambos os lados saíram satisfeitos – afirmou a profissional do sexo Tássia Freitas, 27 anos.

O empresário e morador da região há 11 anos, Jean Carlos Gonçalves, afirmou que os moradores da região se comprometeram em revitalizar a área e informar os profissionais do sexo sobre o que foi acordado na reunião. De acordo com ele, o ponto de ônibus localizado na Rua Engenheiro Udo Deeke também será preservado.

Coletivo LGBT Liberdade acompanha a situação

Segundo o representante do Coletivo LGBT Liberdade Lenilso Luis da Silva, não há controle sobre todas as pessoas que se prostituem na região, mas as transexuais que participaram da reunião teriam se comprometido a informar novas profissionais do sexo que chegarem à região sobre a impossibilidade de atuarem nas rua Maringá e Maria Larsen, onde há um Centro de Educação Infantil (CEI).

– A prostituição não é crime no Brasil e todos os excessos devem ser combatidos com entendimento, como fizemos hoje e não com violência e agressão – disse o ativista.

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