Um assunto que não estava na pauta das discussões americanas em ano eleitoral foi incluído no cotidiano pela força de uma tragédia. A facilidade com que James Holmes, 24 anos, adquiriu 6 mil balas pela internet e rifles e pistolas em lojas do Colorado, reabriu o debate a respeito do controle sobre a venda de armas nos Estados Unidos.

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– Espero ouvir dos dois candidatos à presidência o que eles pretendem fazer a respeito das armas. Precisamos de propostas sobre o que se pode fazer – disse Michael Bloomberg, prefeito de Nova York.

O carpinteiro Greg Zanis carrega duas das 12 cruzes

Foto: Chip SOmodevilla/AFP

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O presidente americano, Barack Obama, chegou ao Colorado no domingo para se reunir com as vítimas do massacre em meio à dor por mais uma tragédia. Vindo de Washington, Obama foi recebido pelo governador do Colorado, John Hickenlooper. Seguiu de automóvel para o hospital de Aurora, visitou os feridos no ataque e conversou com familiares das vítimas.

O programa de entrevistas do apresentador britânico Piers Morgan, na CNN, foi um dos que debateram se não seria a hora de dificultar a comercialização de armas no país (estima-se a existência de mais de 200 milhões de armas para 305 milhões de habitantes).

Episódio não afetou bilheteria nos EUA

Nos debates de TV, a crescente polarização do país fica clara.

No canal conservador Fox News, membros da Associação Nacional do Rifle, o maior lobby pró-armamentos do país, diziam que não era hora de se debater o controle de armas e que há gente “má” que sempre terá acesso a arsenais. Um pastor disse que o mal cresce em ambientes não religiosos. No canal MSNBC (pró-democrata), especialistas alegavam que a maioria dos assassinos dos últimos massacres eram jovens introvertidos, narcisistas e isolados, e não criminosos comuns, com mais acesso a armas ilegais.

Obama prestou solidariedade aos familiares das vítimas

Foto: David Zaluboweki/AFP

O filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge faturou entre US$ 160 milhões e US$ 162 milhões nos EUA e no Canadá em seu fim de semana de estreia, segundo a imprensa americana. A empresa que afere bilheterias e o estúdio que produziu o longa-metragem (Warner) disseram que não divulgariam a arrecadação parcial em respeito às famílias das vítimas. Os números consolidados, porém, devem ser divulgados hoje. Se forem confirmadas as cifras, o filme teve a terceira maior bilheteria de dia de estreia (US$ 76 milhões na sexta, dia 22) e a maior arrecadação de um primeiro fim de semana para um filme 2D.

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