Mal sabiam os moradores do Vale do Itajaí, mas o dia 22 de novembro de 2008, um dos dias mais trágicos da história de Santa Catarina, havia chegado. A chuva imperava na região e centenas de deslizamentos já haviam sido atendidos pela Defesa Civil.
Continua depois da publicidade
Em meio a pessoas desabrigadas, desalojadas, e a morros vindo abaixo, ocorreriam as primeiras mortes daquele que seria um fim de semana sangrento aos catarinenses.
O primeiro grande deslizamento do dia ocorre às 4h da madrugada no Km 41 da BR-470, em Gaspar, onde havia uma tubulação da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás). A encosta foi abaixo, levando um carro e destruindo o asfalto e a estrutura de abastecimento do Vale do Itajaí.
Na época, técnicos da empresa fecharam as válvulas de segurança da rede, pois um vazamento de gás foi identificado. Por conta do incidente, o fornecimento de gás chegou a ser comprometido em Gaspar, Blumenau, Timbó, Pomerode e Indaial.
O deslizamento trouxe problemas ao trânsito na rodovia federal onde passavam cerca de 15 mil veículos por dia, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Continua depois da publicidade
No local ainda se formou uma cratera de pelo menos 20 metros de profundidade por cem metros de comprimento. À reportagem do Santa, moradores relataram na época terem ouvido uma explosão.
Primeiras mortes
Mais tarde, naquele 22 de novembro de 2008 ocorreriam as primeiras mortes em decorrência da tragédia de 2008. A primeira delas foi na Rua Araranguá, Distrito do Garcia, onde um deslizamento matou a pequena Luana Sofia Eger, de 3 anos. À noite, um adolescente de 16 anos morreu após a casa em que morava ser soterrada na Rua Eça de Queiroz, no bairro Água Verde.
::: Clique aqui e relembre mais fatos sobre a tragédia de 2008
::: Há 10 anos, no dia 21 de de novembro, o Vale do Itajaí começava a desmoronar