Às 16h de sábado, 22 de novembro de 2008, era ceifada a primeira das 135 vidas na tragédia de 2008. Luana Sofia Eger tinha apenas três anos quando a casa em que morava foi destruída pelo deslizamento de um barranco. A pequena foi soterrada às 16h e abriu a contagem de mortes da maior catástrofe natural do Estado.
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Na residência ainda estavam a mãe, Verginia, e os irmãos da menina, Juan, na época com sete anos, e Rafael, com cinco. Os três conseguiram escapar. O pai, Evandro Eger, comerciante, estava fora da cidade nesse dia quando soube do desastre. Na época, ele relatou que lhe restou apenas comprar um vestido cor-de-rosa em um supermercado, peça de roupa com a qual enterraria Luana no dia seguinte.
Dias depois, Verginia foi ao encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na EBM Vidal Ramos, no Vorstadt. Lá, pediu pessoalmente por uma moradia, já que aquela onde ela vivia havia sido destruída. Com uma fotografia da pequena Luana em mãos, ela apelou pela construção de residências às pessoas que haviam perdido tudo na tragédia.
Morte na Água Verde
O dia 22 de novembro de 2008 ainda registraria mais mortes. Na Rua Pedro Krause, uma transversal da Eça de Queiroz, no bairro Água Verde, a casa em que morava Roger Simas Lana foi engolida pelo bairro. O adolescente tinha 16 anos e não conseguiu deixar a residência a tempo, diferente da mãe, Lilia Simas, que sobreviveu. Trabalhador de uma loja de materiais de construção, o jovem tinha se mudado recentemente junto com a família para o bairro. O corpo dele foi encontrado apenas no dia seguinte, por familiares.
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