Um grande esquema de tráfico internacional de drogas foi desmanchado após operação da Polícia Federal (PF) e Receita Federal no Sul do Brasil. A operação denominada Shipping Box foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (10).
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Foram apreendidas, durante as investigações, aproximadamente seis toneladas de cocaína. Oito pessoas foram presas em flagrante delito.
Segundo a PF, cerca de 250 policiais estão cumprindo 34 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão em 15 cidades nos estados de Santa Catarina. São elas: Joinville, Itapoá, Jaraguá do Sul, São Francisco do Sul, Itajaí, Navegantes, Balneário Piçarras, Barra Velha, Itapema, Canelinhas e Criciúma.
Além disso, as investigações também ocorrem em outros quatros estados, nas cidades Paranaguá (Paraná), Rio Grande (Rio Grande do Sul), Mogi Mirim (São Paulo) e Cabo Frio (Rio de Janeiro).
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Como ocorria o crime
De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa atuava de diversas maneiras para embarcar a droga. Realizava a cooptação de funcionários dos portos para facilitar a entrada do entorpecente, a criação de compartimentos falsos em caminhões para transporte de traficantes e cargas de drogas para dentro do ambiente portuário e até a criação de empresas de logística de carregamento e transporte de contêineres para atrair a exportação de cargas lícitas que ensejassem a oportunidade de enxerto e embarque de cocaína.
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Cargas vinham da Bolívia
Parte das cargas de cocaína que vinham da Bolívia eram inseridas em contêineres a bordo de navios para a Europa, outra parte era pulverizada para abastecer organizações criminosas dedicadas ao tráfico para consumo interno.
Lavagem de dinheiro
A PF já detectou, em meio ao tráfico, indicativos de um esquema de lavagem de dinheiro por alguns dos investigados através da constituição de empresas fictícias e aquisição de ativos como ouro e até mesmo de criptomoedas.
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Para desarticulação patrimonial do crime organizado, a PF apreendeu 68 veículos, 23 imóveis, duas embarcações, além do bloqueio de 30 contas bancárias de investigados.
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Penas podem ultrapassar 30 anos de prisão
Nos autos do inquérito policial instaurado para apuração dos fatos, os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06) e formação de organização criminosa (art. 2º da Lei nº 12.850/13), cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de reclusão.
Os presos serão conduzidos às sedes da PF em Joinville e Itajaí, onde serão interrogados para, posteriormente, serem levados ao presídio regional de Joinville, onde ficarão recolhidos à disposição da Justiça Federal.
Será concedida entrevista coletiva às 10h30 na sede da Delegacia da Polícia Federal em Joinville.
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