Um dos principais fornecedores de crack e cocaína do Litoral Norte de Santa Catarina e da região de Caxias do Sul (RS) foi preso no Paraguai. Gilmar Ribeiro, o Índio, de 41 anos, foi detido por agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) paraguaia em sua fazenda na cidade de Yby Yaú, estado de Concepción. Outras oito pessoas acabaram presas na operação.

Continua depois da publicidade

Índio estava sendo investigado pela Senad a partir de informações repassadas pela Polícia Federal brasileira. No último domingo, ele acabou preso em flagrante na fazenda com 22 quilos de cocaína, além de um arsenal composto por fuzis e outras armas de grosso calibre.

De acordo com informações da PF, Índio está foragido do Brasil, mas ainda assim continuava enviando grandes remessas de drogas. Somente para a região de Itajaí, a polícia contabiliza que ele enviava cerca de 30 quilos de drogas por mês. Os entorpecentes vinham por terra, escondidos em carros de passeio.

No Paraguai há cerca de 10 anos, Índio coordenava dois laboratórios de drogas. Nos locais, os agentes da Senad encontraram produtos químicos usados para refino de cocaína.

Continua depois da publicidade

Conforme a polícia brasileira, Índio estava foragido do presídio central de Porto Alegre (RS), tinha mandado de prisão em aberto pela comarca de Caxias do Sul(RS) e em 2010 a Justiça em Itajaí também expediu um mandado de prisão contra ele. Agora, o traficante cumprirá pena no Paraguai por tráfico e uso de documento falsificado. Após o o cumprimento da pena, ela será trazido para o Brasil para responder pelos crimes praticados aqui.

A polícia calcula que Índio vinha atuando no Paraguai desde 2003 ou 2005. De lá ele negociava as drogas e fazia negociações com traficantes no Brasil. Quando esteve preso em Porto Alegre ele aumentou seu leque de conhecidos no mundo do crime e ampliou os negócios.

Assumiu após queda do patrão

O traficante assumiu a quadrilha que comandava no Paraguai após o ex-patrão ser preso, também por tráfico. Natural do Mato Grosso do Sul, Jarvis Chimenez Pavão comandou o negócio até 2009. Atualmente ele cumpre pena no Paraguai.

Continua depois da publicidade

Pavão também, fornecia drogas para a região e lavava o dinheiro do tráfico em Balneário Camboriú, onde tinha imóveis, entre elas uma pousada. Parte dos bens do traficante foram bloqueados pela Justiça com sua prisão.

A PF agora auxilia a Senad para tentar encontrar uma prima de Índio que também teria participação no esquema do grupo. As prisões realizadas no último domingo fazem parte da operação Soberania 7, que tenta coibir otráfico internacional.