A contagem diária de veículos que circulam por ruas e avenidas da região central de Florianópolis aponta crescimento de mais de 50% em alguns cruzamentos da cidade entre os dias 23 e 24 deste mês – mesmo durante a vigência dos decretos municipal e estadual que orientam que as pessoas fiquem em casa. A informação acendeu um alerta na Diretoria de Operações de Trânsito de Florianópolis (Diope), que afirmou que estudaria estratégias para reduzir o fluxo de quem não precisa fazer deslocamentos junto com a Guarda Municipal da cidade.
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O relatório apresenta dados coletados entre os dias 16 22 de março (foto). Os dados dos dias 23 e 24 foram encaminhados à reportagem via mensagens de WhatsApp. Na tabela, é possível ver que o fluxo de veículos por cruzamentos como o da Avenida Beira-mar com a Arno Hoeschel cai de 65,5 mil veículos por dia (16) para 15,2 mil (22). Também há redução em outros pontos da cidade.
Conforme os dados, houve um aumento de 52,4% na quantidade de veículos entre os dias 23 e 24 de março – de 15,1 mil no dia 23 para 23 mil no dia 24. Outra flutuação significativa foi a registrada no cruzamento entre as ruas Almirante Lamego e Arno Hoeschel: de 4,1 mil para 6,7 mil (variação de 51%). O cruzamento que apresentou menor alteração entre a segunda e a terça-feiras foi o da Avenida Mauro Ramos com a rua Victor Konder, que registrou 8 mil veículos na segunda e 10,1 mil na terça (26,1% de aumento).
Segundo o diretor de operações de trânsito de Florianópolis, Fabrício Justino, "está sendo avaliada com a Guarda Municipal qual é o tipo de veículos que estão circulando, se há realmente a necessidade de elas circularem". Medidas para reduzir o fluxo de veículos, segundo o diretor, não estão descartadas.
– O decreto diz que as pessoas devem ficar em casa. Existe a possibilidade de a GMF, que fica na cabeceira da ponte todos os dias, reduzir o número de pistas e diminuir o tráfego no local – afirmou.
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Questionado sobre o assunto, o comandante da Guarda Ivan Couto disse acreditar que o aumento se deu pelo fato de que segunda-feira foi feriado municipal e na terça, "muitas empresas que se enquadram como serviços essenciais" voltaram a trabalhar.
– A gente ainda não tem nenhuma operação que vise diminuir isso, mas continuamos monitorando e fiscalizando. Recebemos uma infinidade de denúncias de estabelecimentos que, mesmo com o decreto estabelecido, continuam funcionando e não sendo serviço essencial, nós agimos.
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