Investimento pesado em marketing, produção própria das festas e intimidade com o público são alguns dos ingredientes da receita de sucesso do 1007, casa noturna que nasceu na Alameda Adolfo Konder, em Florianópolis, em 2009 e que abre uma unidade na famosa Rua Augusta, em São Paulo, neste sábado.

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O “inferninho” – na Capital, o espaço onde fica o 1007 era um local de prostituição e nos primeiros meses as duas casas chegaram a funcionar simultaneamente – foi de balada alternativa para uma das casas noturnas mais populares entre o público jovem e universitário. O crescimento coincidiu com o amadurecimento do proprietário Thiago Mann que, com ajuda da mãe, começou a comandar o local com apenas 17 anos.

Hoje, aos 24, ainda estudante de administração e comandando uma equipe de 200 pessoas, Thiago relembra que no início a divulgação era apenas feita entre amigos e no boca-a-boca e que, com o crescente sucesso das festas, acabou perdendo parte do público alternativo, que não gostou quando o local se popularizou.

– No começo era diversão. Eu fazia eventos para mim. No meio do caminho teve bastante crescimento pessoal meu também, e virou business. Mas era e ainda é legal porque a gente faz evento pra gente. A faixa etária dos colaboradores também é a mesma do público que frequenta a casa – comenta o empresário.

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A abertura em São Paulo é um passo importante nos planos de expansão da marca, que começou no verão de 2013 com a abertura de uma unidade em Balneário Camboriú. No começo, o local só abria durante a alta temporada e hoje tem festas toda semana, o ano inteiro.

– Nossa relação com a Rua Augusta vem de antigamente. Quando a gente começou o 1007, manteve a temática da casa de prostituição, com luz vermelha, pole dance e dançarinas. Em São Paulo, a Augusta também era conhecida como um ponto de prostituição e foi bem polêmico quando o primeiro empresário abriu uma casa noturna. A gente seguiu a mesma linha em Floripa, sempre com referências na cena alternativa underground de lá – conta.

Imagem do show da Gretchen. A rainha do rebolado se apresentou no 1007 Florianópolis em outubro. Crédito: Divulgação/1007

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Para a festa de inauguração na capital paulista, o produtor Isaac Varzim preparou uma compilação das melhores festas daqui, com sons que vão do funk ao alternativo, passando por eletrônico e rock. Na página do evento no Facebook já são mais de 1,5 mil pessoas confirmadas, com presença garantida de clientes fiéis de Santa Catarina – alguns organizam até excursões para a abertura.

A unidade paulistana vai manter algumas características da casa, que se diferencia de outras baladas populares por não ter camarote, por exemplo, muito menos preços diferentes para homens e mulheres, desde sua abertura. No começo, até os banheiros chegaram a ser mistos.

– No 1007, as pessoas podem ser quem elas são, e não é clichê pra vender evento. A gente defende isso mesmo e busca o máximo de respeito. A gente decidiu não ser mais alternativo, mas manter a características legais desse mundo e ser grande como negócio. Essa é a receita. E faço a questão de não perder essa essência em qualquer lugar onde a gente desembarque – defende Thiago.

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