A história da Fazenda se confunde com a de Itajaí. Bairro tradicional, é dono de algumas das paisagens mais conhecidas da cidade, como o Saco da Fazenda – uma imagem que José Alfredo Orsi viu se formar.

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Aos 80 anos, ele lembra com detalhes a obra de aterramento que resultou na baía de águas mansas que hoje margeia a Beira-rio. Nascido em Camboriú, veio morar na Fazenda ainda na infância, e conhece o bairro como a palma da mão.

Ex-funcionário da Celesc, foi também taxista e vereador. Hoje, é o convidado do Sol Diário para mostrar a Fazenda a partir de seu ponto de vista.

– Quando cheguei aqui não existia nada, só três casas tinham luz elétrica. A Fazenda cresceu muito, para mim, é o melhor bairro para se viver – diz.

A rua onde ele mora leva o nome de seu pai. E a escola que fica no final da via, o nome da mãe. Orsi é reconhecido pelos vizinhos e não caminha pelo bairro sem parar para bater um papo – um dos motivos que o faz gostar tanto do bairro que viu crescer.

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Para ele, a maior vantagem da Fazenda é estar, na maior parte do território, livre de enchentes. Orsi diz, inclusive, que seria possível acabar com os alagamentos causados pelo Ribeirão Schneider com uma obra simples, de alargamento. ?

Desenvolvimento

Fica na Fazenda o maior e mais conhecido cemitério de Itajaí, algumas das principais praças e o espaço preferido por quem pratica caminhadas e corridas de fim de tarde. Está no bairro, também, a mais concorrida rota gastronômica da cidade, com restaurantes concentrados à beira do Saco da Fazenda.

Berço da Associação Náutica (ANI), é ali que ficam os veleiros – símbolo do reencontro da cidade com o mar, através das grandes regatas. A Fazenda receberá, até o final do ano, a construção da sede do Instituto Kat Schürmann em Itajaí. Ficará no Saco da Fazenda, também, a marina da cidade, que ficará pronta até 2015.