O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira, foi marcado por uma série de atividades em Itajaí. Uma delas foi a 1ª Mostra Ambiental de Projetos e Serviços, que ocorreu no Centreventos. A mostra fez parte da programação relacionada ao tema promovida pela Fundação do Meio Ambiente de Itajaí (Famai) durante a 19ª Semana do Meio Ambiente. Seis escolas estaduais e 10 municipais participaram do evento.

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Francisco Carlos do Nascimento, diretor da Famai, explica que o objetivo é divulgar a questão ambiental e multiplicar a preocupação com o meio ambiente.

– Chamamos empresas para uma parceria, porque é muito importante que a sustentabilidade saia do discurso. Itajaí vive um momento de grande crescimento e é importante que a preocupação ambiental faça parte desse cenário- destacou. Ao todo, 21 instituições, entre empresas privadas e organizações não-governamentais, participaram da mostra.

Bruno Peixoto Bittencourt trabalha há quatro anos como monitor voluntário da Escola Básica Municipal Marechal Olímpio Falconieri da Cunha, do bairro São Vicente, à frente do projeto Roda d’água, que tem como objetivo captar a água da chuva e reaproveitá-la para irrigar a horta escolar. Orgulhoso do projeto sustentável, ele explicou que para o cultivo dos alimentos totalmente orgânicos que são plantados na horta não é utilizada nenhum tipo de energia elétrica.

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– Nem para fazer a irrigação da horta, nem para a captação da água, que é feita com energia manual, através da roda d’água – ressalta. A horta escolar produz alimentos, como berinjela, cebola, repolho, manjericão e maracujá.

Segundo ele, o projeto acabou com o problema que a escola tinha com a água da chuva que ficava empoçada no telhado. Hoje, um canal de cimento no chão faz o reaproveitamento dessa água, que é levada para uma caixa d’água e transportada para o regador, que é pulverizado manualmente. Cento e vinte alunos estão engajados no projeto que existe há quatro anos.

Arlene Dellatorre, artista plástica do projeto Salve os Oceanos também participou da mostra com algumas das 33 obras que já produziu. O projeto se baseia na reutilização de material reciclável, como tampinhas de garrafa, garrafas plásticas, latas, papel, além de diversos elementos da natureza, entre eles, galhos de palmeira e rolhas.

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– O objetivo do projeto é este – não poluir as águas – diz a artista, que entre os dias 12 de junho e 4 de agosto, irá expor todas as obras no Castelinho, do Parque Beto Carrero World, em Penha.

Fauna

O projeto Refúgio das Aves também marcou presença na mostra. Um mantenedor de fauna, o projeto encabeçado por Ligia Jahn recebe animais resgatados pelo Famai, Fatma e Polícia Ambiental com o objetivo de prepará-las para a soltura.

– Quando as aves não podem ser soltas, ficam em cativeiro e se tornam objeto de pesquisas para cursos de biologia de universidades com quem temos convênio, como a Univali, por exemplo – pontua.

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Ligia explica que o cativeiro tem todo um programa de enriquecimento ambiental para os pássaros, que além de alimentação adequada e do acompanhamento veterinário, prevê uma série de ações que fazem com que o animal desenvolva o intelecto e tenha comportamentos naturais que na vida em cativeiro ele perde, inevitavelmente.

– O nosso principal objetivo é levar a educação ambiental para as crianças, e falar para elas que os pássaros não foram feitos para ser animais de estimação – diz.