Fabiano
(Foto: Foto: NSC Total)

O entendimento da palavra "trabalho" quase sempre teve uma conotação negativa, pesada e ruim. A própria origem da palavra está associada a sofrimento, castigo ou punição. Muitos historiadores afirmam que a palavra tem origem do latim tripallium, nome dado a um instrumento medieval de tortura de escravos.

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Um pouco mais adiante, o trabalho passou a estar associado às atividades produtivas mais pesadas, braçais ou artesanais, que eram realizadas por trabalhadores menos qualificados, em geral.

O conceito ficou marcado. E ainda hoje, após séculos e tanta evolução, associa-se o trabalho a um contexto ruim e negativo. É comum, por exemplo, ao se referirem a algo difícil, complicado de se fazer, ou cansativo, as pessoas saírem com o seguinte chavão: “Puxa vida, isso dá tanto trabalho”.

No entanto, em culturas mais evoluídas, o trabalho possui um conceito bem diferente.

No Japão, por exemplo, o trabalho é considerado a coisa mais importante na vida do cidadão. Inclusive, vem como prioridade em relação à pátria e a família. O entendimento deles é de que só é possível proteger a família e contribuir para a pátria por meio do trabalho. E isso faz todo o sentido. Não à toa o Japão, com território inferior a 5% do brasileiro, é a terceira maior potência econômica do mundo.

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É muito fácil de entender. Não há país no mundo com boa economia e boa qualidade de vida sem que o trabalho seja levado a sério, considerado como prioridade.

Isso também se aplica às cidades, empresas e até mesmo famílias. E vai além: os benefícios do trabalho não se limitam a grupos e ecossistemas, mas configuram o grande diferencial em âmbito individual.

O trabalho gera dignidade.

Getúlio Vargas, que teve um papel significativo no desenvolvimento do trabalho no país, já defendia que “o trabalho é o maior fator da elevação da dignidade humana”. O trabalho promove liberdade em vários aspectos, fomenta o crescimento e o aprendizado. E, no fim do dia, é por meio do trabalho que evoluímos, inovamos, e nos desenvolvemos. É com o trabalho que a transformação acontece!

O entendimento de que o trabalho não só é necessário, mas é positivo e agradável, se desenvolve. Uma pergunta recorrente é: fazer o que ama, ou amar o que faz?

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A importância de desenvolver o amor ao trabalho é muito maior do que imaginamos, e deve ser uma busca constante no objetivo de criar uma cultura voltada ao empreendedorismo e inovação.