As atividades no Porto de São Francisco do Sul estão paralisadas em virtude da greve de 600 trabalhadores portuários avulsos deflagrada às 10 horas desta quarta-feira. A administração do porto informou que nas primeiras horas o movimento promovido pelos sindicatos dos estivadores, conferentes e arrumadores não gera impacto significativo. A situação poderá se complicar se a greve se prolongar por mais de dois dias.
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A categoria se mobilizou em frente ao Terminal Portuário Santa Catarina e fez piquetes, pedindo o cancelamento do edital para contratação de 115 trabalhadores, publicado em 4 de fevereiro. O secretário do principal sindicato, o dos estivadores, Sidnei Eunézio de Mira, queixa-se de que o edital não especifica número de vagas por categoria, sendo que já havia sido negociado um mês antes que seriam 50 trabalhadores para estiva, 50 para arrumador e 15 candidatos para conferentes.
Segundo os sindicatos, isto fere a Lei dos Portos. A preocupação da entidade é que esses novos trabalhadores não fiquem ligados a nenhum sindicato especificamente, o que enfraqueceria a mobilização por direitos trabalhistas.
O Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) não pretende recuar. O diretor executivo da entidade, Lierte Amorim Moreira, afirmou que a medida não fere a lei porque as vagas são suplementares, destinando-se a cobrir as atividades em que faltam profissionais -não são vagas efetivas. Moreira diz que o órgão ajuizou no início da tarde o dissídio coletivo por abusividade no Tribunal Regional do Trabalho.
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