Os trabalhadores do Porto de Itajaí, no Litoral Norte do Estado, fizeram na manhã desta terça-feira um abaixo-assinado pela imediata reconstrução do terminal, danificado na enchente de novembro do ano passado.

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As assinaturas foram coletadas durante um protesto organizado pela Força Sindical de Santa Catarina. Cerca de 300 pessoas acompanharam o ato em frente à sede do porto.

Além da reconstrução do terminal, os trabalhadores exigem a conclusão das obras de dragagem do Rio Itajaí-Açu, a liberação das verbas do Governo Federal para o município e a construção de casas para os trabalhadores atingidos pela enchente.

O livro com as assinaturas será apresentado ao Governo do Estado, mas não há data definida. A Força Sindical também pretende levar o documento para apreciação dos deputados federais em Brasília.

Protesto

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No início da manhã desta terça-feira, a Força Sindical bloqueou por cerca de uma hora o km 111 da BR-101 em Navegantes, no Litoral Norte do Estado. Foram usados oito caminhões para interromper o tráfego na rodovia.

Durante o protesto, que pedia o fim da paralisação do Porto de Itajaí, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou oito quilômetros de filas no sentido norte-sul e outros cinco quilômetros no sentido oposto.

Apesar dos congestionamentos, o protesto foi considerado pacífico. Da rodovia, os manifestantes seguiram em carreata para a sede do porto, o que deixou o trânsito complicado no trevo do bairro Cordeiros.

Funcionários

O Porto de Itajaí opera parcialmente desde novembro de 2008, quando dois berços de atracação foram danificados pela enchente. A redução das atividades prejudicou cerca de 1,8 mil pessoas que recebem o pagamento por empreitada de trabalho e não têm quaisquer vínculos empregatícios com o porto.

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Este é o caso dos chamados trabalhadores “avulsos”. Eles atuam no pátio do porto, principalmente na operação de guindastes, na amarração e no transporte de contêineres. Por não serem funcionários do terminal, são gerenciados pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).

Além dos avulsos, os transportadores de contêineres de Itajaí também foram prejudicados pelo funcionamento parcial do porto. A atividade era executada por cerca de mil pessoas e a queda na movimentação de contêineres do terminal comprometeu a renda destes trabalhadores.