O clima era de comemoração entre trabalhadores e empresários, nesta terça-feira à tarde, na sede da Fiesc. Na quarta rodada de negociações, as duas partes chegaram a um consenso: o piso regional deve ser reajustado em 9,3%, valor acima do aumento do salário mínimo nacional em 2013.

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Os trabalhadores começaram a reunião com a proposta de 10%, abaixo dos 12% sugeridos no início das negociações, no ano passado. E os empresários também chegaram à mesa com um índice revisado. Em vez dos 7% originais, propuseram 8,5%.

O reajuste de 9,3%, praticamente a metade do caminho entre as duas propostas foi fruto, segundo o economista do Dieese-SC, José Álvaro, de uma negociação madura. Na visão do representante dos trabalhadores, os argumentos mais fortes da classe trabalhista, que puxaram o reajuste para cima, foram, primeiro, o fato de que a economia brasileira está entrando em uma fase de recuperação, diferente de 2012, em que as perspectivas eram pessimistas.

Também, que as reinvindicações históricas do empresariado têm sido atendidas. Cardoso cita a desvalorização do real, a redução da carga tributária e as mais baixas taxas de juros da história.

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Do lado dos patrões, três argumentos convenceram os trabalhadores, segundo o economista. Primeiro, a crise econômica mundial, que tende a ser de longo prazo, especialmente na Europa, depois, a desaceleração do crescimento brasileiro, e o risco de desindustrialização.