A vacinação contra Covid-19 chegará a mais quatro grupos prioritários a partir desta semana em Santa Catarina: professores da educação especial, moradores de rua, presos e funcionários do sistema prisional. Essas categorias devem começar a ser imunizadas na quarta-feira (26) em algumas cidades do Estado.

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Vacinação de professores e moradores de rua contra Covid-19 é antecipada em SC

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Com o anúncio feito pelo governo estadual, chegam a 19 os públicos que integram os grupos prioritários e que já começaram a ser vacinados contra o coronavírus em SC. No entanto, há ao menos mais oito categorias que também são listadas como preferenciais no Plano Nacional de Imunização (PNI) e no Plano Estadual de Vacinação, mas que ainda não têm data para começar a receber as doses.

Em comunicado sobre a ordem de vacinação entre os grupos prioritários divulgado em janeiro, o Ministério da Saúde informou que “recomenda que os gestores de saúde sigam essa ordem estipulada pelo Plano de Vacinação”, mas frisou que estados e municípios têm autonomia para montar o próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de cada população, demandas e doses recebidas.

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A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) informou que o Estado segue o plano nacional e que a ordem de vacinação dos próximos grupos depende da chegada de novas doses da vacina e de orientações do Ministério da Saúde.

Até o momento, com a inclusão de moradores de rua, presos, funcionários do sistema prisional e professores a partir desta semana, a ordem seguida em SC foi de fato a mesma prevista no plano nacional.

A única mudança foi a antecipação das forças de segurança e salvamento e Forças Armadas, mas acompanhando uma decisão nacional do próprio Ministério da Saúde de imunizar parte desse público que atuava diretamente nas ações de combate à pandemia ainda em abril, junto de idosos de 65 a 69 anos.

Entre os que já começaram a ser vacinados, o maior avanço até agora ocorreu na faixa de pessoas com mais de 60 anos que vivem em asilos e casas de repouso e em idosos de 70 a 79 anos, todos com coberturas próximas a 90% em SC.

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Santa Catarina ignora vacinação de presos do grupo de risco da Covid-19

Próximos grupos devem ser de professores e trabalhadores do transporte

Se Santa Catarina mantiver a diretriz de seguir a ordem recomendada pelo Ministério da Saúde, a vacinação de Covid-19 deverá atender os outros grupos de professores já definidos em um levantamento da Secretaria de Estado da Educação, como educadores do ensino infantil, área técnica, setor de limpeza e alimentação e docentes do ensino fundamental.

Depois disso, restarão ainda na lista de grupos prioritários sete categorias: trabalhadores do transporte coletivo, ferroviário, aéreo, aquaviário, caminhoneiros e trabalhadores portuários e industriais.

Confira os grupos prioritários e a evolução da vacina em SC

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Trabalhadores portuários têm expectativa por vacinação

Os trabalhadores portuários, embora apareçam no final dos grupos preferenciais, podem ser imunizados antes disso. Após a ameaça da variante indiana do coronavírus, que já teve casos confirmados entre tripulantes de um navio no Maranhão, o Ministério da Saúde sinaliza a possibilidade de vacinar funcionários desse setor para tentar evitar a disseminação da nova linhagem do vírus no país.

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ministério da Infraestrutura chegaram a confirmar essa intenção em entrevistas entre domingo (23) e segunda (24), mas a Dive-SC e sindicatos ligados aos trabalhadores portuários de Santa Catarina informaram não ter recebido nenhuma comunicação de vacinação para esse público até o momento.

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Retomada de produção de vacinas

A chegada de novas doses é, no momento, a principal dificuldade para estender a vacinação aos últimos grupos prioritários e, posteriormente, ao público em geral. Em algumas cidades, prefeituras informam que a falta de doses dificulta até mesmo o início da imunização de professores e moradores de rua nesta semana.

Uma esperança contra isso pode estar na retomada da produção de vacinas no Brasil. Após dias sem produzir imunizantes devido à falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), a Fiocruz retoma nesta terça-feira (25) a fabricação do imunizante desenvolvido pelo laboratório Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford. O estoque recebido no sábado deve permitir a produção de 12 milhões de doses e garantir entrega de vacinas até 3 de julho, segundo a instituição.

Já o Instituto Butantan, que fabrica no Brasil a CoronaVac, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, recebe nova carga de IFA nesta terça, o que também deve permitir a retomada da produção, parada desde 13 de maio, e entregar mais 5 milhões de doses.

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