Motoristas e cobradores do serviço de transporte coletivo de Florianópolis entraram em greve no início da manhã desta quarta-feira. Por volta das 7h30min, manifestantes bloquearam os principais acessos ao Terminal de Integração do Centro (Ticen).

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Ônibus que fizeram as primeiras viagens do dia em direção ao Centro foram parados nos dois sentidos da avenida Gustavo Richard, próximo ao terminal central. Os passageiros seguiram a pé. O trânsito é complicado nos acessos à cidade.

Policiais militares controlam o fluxo de pedestres e veículos no local. O assessor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb), Antônio Martins, e um motorista, que parou o ônibus que dirigia em local proibido, foram presos. Martins foi liberado em seguida.

Segundo Dionísio Linder, assessor jurídico do Sintraturb, os trabalhadores do transporte coletivo decidiram pela paralisação depois que as empresas do transporte público comunicaram, na terça-feira, que não haveria possibilidade de repassar na totalidade o reajuste acertado com a categoria.

De acordo com Linder, a prefeitura teria atrasado o repasse do subsídio financeiro para custear o reajuste no valor do óleo diesel e a inflação do período às empresas – o que viabilizaria o aumento salarial.

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Conforme dados preliminares da Polícia Militar, cerca de 200 motoristas e cobradores estão reunidos na Praça das Nações, nas proximidades do Direto do Campo, ao lado do Ticen. O trânsito é lento nas proximidades.

O que diz o sindicado das empresas

De acordo com Erasmo Balbinot, assessor de comunicação do Sindicato das Empresas do Transporte Público de Florianópolis(Setuf), o reajuste de 5,9%, correspondente à inflação, está confirmado.

Porém o restante do aumento salarial acertado, de 2,09%, só poderá ser pago a partir do recebimento do subsídio da prefeitura, o que está sem previsão. Além da alta salarial, foi acertado aumento de R$ 25 no vale-alimentação. Os reajustes são retroativos ao mês de maio.

A convenção coletiva da categoria seria assinada nessa terça-feira mas, diante do impasse, o sindicato dos trabalhadores decidiu pela paralisação.

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