As principais categorias de trabalhadores de Joinville começam a se mobilizar para a campanha salarial deste ano. Os próximos dias deverão ser de reuniões nos sindicatos laborais dos maiores setores econômicos da cidade – metal-mecânico, plástico, metalurgia, têxtil e comércio, que juntos representam cerca de 100 mil profissionais. Na pauta, a elaboração das listas de reivindicações que serão levadas aos patrões.
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O Sindicato dos Mecânicos realiza a primeira assembleia geral para análise das reivindicações neste sábado. O presidente Evangelista dos Santos lembra que as propostas devem estar alinhadas até o dia 1º de abril, data-base da categoria.
Outro ponto que deve ser levantado pelos sindicatos é o atestado para acompanhante nos casos de internamento de filhos menores de idade, para que os pais possam se afastar do trabalho e acompanhar a recuperação. De acordo com Sebastião de Souza Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Joinville, os hospitais exigem a presença de um responsável pela criança ou adolescente.
– É direito do funcionário. E, como direito, vamos reivindicar para que as empresas aceitem atestado de até 15 dias – afirma.
Alves ainda quer discutir a revisão dos valores de horas extras, adicional noturno e transporte gratuito.
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Os trabalhadores das indústrias de plástico também buscam aumento do piso – de R$ 1 mil para R$ 1,3 mil. O presidente do sindicato patronal da categoria, Albano Schmidt, lembra que as negociações dos últimos anos têm sido relativamente tranquilas.
– Claro, já houve alguns momentos de maiores tensões, mas temos criado diálogos sem agressão ou paradas grandes, como greves – esclarece Schmidt.
Comerciários e têxteis ainda analisam a pauta
O sindicato que representa a maior fatia dos trabalhadores (45 mil) de Joinville, o dos empregados no comércio, ainda analisa o que será pleiteado junto aos patrões. O presidente da entidade, Waldemar Schulz Junior, diz que as primeiras discussões começam na segunda-feira.
O comandante do sindicato patronal da categoria, o Sindilojas, José Raulino Esbiteskoski, diz que o histórico de negociações com os profissionais é tranquilo. Segundo ele, no ano passado, quando participou e conduziu o processo, o diálogo foi muito rápido e objetivo para equilibrar os interesses.
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– Estou confiante e confortável com a situação. O percentual do reajuste deve ser revisto e questões como horários possivelmente se mantenham – antecipa.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Têxteis, que representa 6 mil profissionais em Joinville, também ainda não definiu uma pauta prévia de reivindicações.
O que eles pedem
Sindicato dos Mecânicos
Profissionais: 15 mil.
Reivindicações: aumento do piso de R$ 900 para R$ 1,3 mil, prorrogação da licença-maternidade para 180 dias mais valor de auxílio-creche e atestado de acompanhante.
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Material Plástico
Profissionais: 12 mil.
Reivindicações: aumento do piso de R$ 1 mil para R$ 1,3 mil, com recuperação das perdas causadas pelo baixo INPC.
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Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e Materiais Elétricos
Profissionais: 22,5 mil.
Reivindicações: aumento do piso de R$ 935 para R$ 1,2 mil, revisão do valor das horas extras, adicional noturno, transporte gratuito e atestado de acompanhante.
Sindicato dos Empregados no Comércio
Profissionais: 45 mil.
Reivindicações: ainda está elaborando a pauta prévia. As discussões começam na próxima segunda-feira.
Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Têxteis
Profissionais: 6 mil.
Reivindicações: ainda está elaborando a pauta prévia.