Os 1.025 trabalhadores da ponte de Laguna voltaram ao canteiro de obras por volta do meio-dia da última quinta-feira após dez dias de paralisação. Eles aceitaram em assembleia a proposta da empresa e acabaram com a greve, mesmo sem ter todos os pedidos acatados.

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No começo do mês, os operários cruzaram os braços insatisfeitos com os salários e com as condições de trabalho. Reclamavam da comida, dos alojamentos, do transporte e da baixa remuneração.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Obras Públicas Privadas e Afins de Santa Catarina (Sintrapav), Arnaldo Camargo Freitas, a discussão foi tensa, mas os funcionários acabaram aceitando.

Os principais ganhos foram um abono de 30% no salário e a demissão sem justa causa para quem não quiser mais continuar no trabalho. As despesas com a volta para casa dos funcionários que moram em outras cidades serão pagas pela empresa. Cerca de 100 trabalhadores devem deixar o canteiro de obras.

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Para os outros que continuarem a trabalhar, os dias parados serão compensados em horas-extras ou de outra forma. Os funcionários têm prazo de 90 dias para fazer o pagamento dos dias não trabalhados.

A assembleia foi intermediada pelo Ministério do Trabalho de Criciúma, que também irá atuar junto com o sindicato numa força-tarefa para avaliar as condições de trabalho, alimentação, transporte e alojamento dos operários.

Atualmente, o salário dos trabalhadores da ponte de Laguna é de R$ 908 para os não qualificados e R$ 1,3 mil para pedreiros e armadores.

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