Profissionais de 16 agências regionais das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) paralisaram os serviços das 6h às 18h desta quarta-feira. Quem precisou solicitar ligação de energia, manutenção ou avaliação de projeto teve que deixar para depois. A principal reivindicação foi a falta de funcionários.
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A Celesc informa que está em vigor um concurso para a contratação de mais profissionais, além da implantação de um plano para reavaliar a estrutura na empresa. Nesta quinta-feira, os serviços devem ser normalizados.
Segundo o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores de Energia (Sinergia), Mário Jorge Maia, no ano passado, ficou acordado que o comando da Celesc deveria fazer um concurso público e contratar mais eletricistas. O edital foi lançado e das 130 vagas ofertadas, apenas 17 postos foram preenchidos. Outros 2.467 candidatos ficaram para trás na seleção, enquanto 113 vagas ficaram sem trabalhadores. Na opinião de Mário, essa reprovação em massa foi um mecanismo para não se cumprir o acordo.
O diretor-presidente da empresa, Cléverson Siewert, explica que a Celesc não é responsável pelas reprovações. Para preencher essas 113 vagas, ele expõe que foi lançado um novo concurso, com processo seletivo previsto para o próximo mês de abril. A proposta é contratar eletricistas multitarefas, profissionais que possam atuar em várias áreas.
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A medida faz parte de um plano de eficiência operacional, considerando-se mudanças na estrutura e nos processos na empresa, a fim de se reduzir os custos e se aumentar a produtividade. O plano é implantado desde janeiro e vai estipular, inclusive, a quantidade necessária de funcionários necessária em setores da empresa. O presidente da Celesc ainda pediu desculpas à população pela paralisação dos serviços ontem e culpa um sistema histórico na empresa que culminou em gastos altos e defasagens de caixa e de equipe.
Durante a curta paralisação, foram atendidos apenas casos de urgência e emergência, como no caso de falta de energia em hospitais. A Celesc não soube precisar quantas agências deixaram de operar nesta quarta-feira mas, em Florianópolis, calcula-se que 100% das lojas permaneceram fechadas.