Os funcionários da Gol decidiram, na sexta-feira, entrar em estado de greve, ou seja, podem paralisar suas atividades sem convocar nova assembleia. A interrupção, porém, precisa ser anunciada com, pelo menos, 72 horas de antecedência.
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– É muito mais uma força política, para que a empresa negocie – afirmou o diretor de relações internacionais do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Carlos Camacho.
Os sindicatos dos aeronautas (tripulação) e dos aeroviários (trabalhadores de terra), organizadores das assembleias que ocorreram ontem em São Paulo e no Rio de Janeiro, garantem que nenhuma paralisação ocorrerá antes do próximo dia 20, quando uma audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT) motivará uma rodada de negociações entre funcionários e empresa.
– Vamos respeitar a mediação do Ministério Público do Trabalho. Nosso interesse é negociar – ressaltou o diretor Jurídico do Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos, Rodrigo Maciel.
A insatisfação tem relação com as escalas e a jornada de trabalho. No início de agosto, a alta no movimento e uma falha no programa que organiza a escala da tripulação teriam sobrecarregado tripulantes. Ao reorganizar a escala, a Gol gerou uma onda de atrasos em aeroportos do país.
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Caso a Gol não negocie ou apresente propostas que não correspondam às expectativas, uma paralisação poderá ser determinada. A legislação determina que no mínimo 30% das operações da companhia permaneçam funcionando.
Na pauta, foi exigido o cumprimento da regulamentação profissional, reajuste salarial e pagamento de plano de saúde e de previdência complementar.
Em nota, a Gol declarou que os posicionamentos assumidos pelo SNA não acarretam qualquer impacto em suas operações e que os voos seguem normalmente hoje, sem previsão de atrasos.