A Toyota vai chamar para um recall os donos de 34 mil unidades dos modelos Lexus e Land Cruiser no mundo todo por um possível problema no sistema eletrônico de estabilidade. O recall envolve 13 mil unidades do utilitário Lexus GX 460 e 21 mil do Land Cruiser Prado (conhecido como Land Cruiser 150 em alguns países), segundo a empresa japonesa.

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A divisão americana de Toyota já anunciou que começaria a reparar seis mil Lexus GX 460, cinco mil nos EUA, depois que na semana passada a revista “Consumer Reports” afirmou que o modelo podia capotar facilmente em algumas situações. Em comunicado, o grupo Toyota afirmou hoje que, no caso do Land Cruiser Prado, os veículos afetados são só aqueles com o volante à esquerda, dos quais serão revisados 4.400 em Omã, quatro mil na Rússia e 1.500 nos Emirados Árabes Unidos.

Fontes da Toyota indicaram que outros 7.500 veículos desses dois modelos serão revisados na Europa, principalmente na França. Do modelo Lexus GX 460, o recall afetará 9.400 unidades nos EUA, cerca de mil na Rússia e outras mil em Omã, de acordo com a montadora.

O gigante automobilístico japonês precisou que nesses modelos “componentes pesados, como o depósito de gasolina, estão localizados na parte esquerda, e na versão com o volante à esquerda essa parte é ainda mais pesada pela presença do motorista”.

Em alguns veículos equipados com o sistema de suspensões KDSS e o sistema eletrônico de segurança VSC, a ativação deste último em certos casos “pode não ser suficiente”, explicou a Toyota. Assim, em algumas circunstâncias, como ao fazer uma curva em alta velocidade, o veículo corre perigo de “deslizar de lado” devido à “insuficiente ativação” do VSC. A Toyota assinalou que atualizará a programação do VSC para reforçar sua efetividade e reduzir o perigo de capotagem.

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No último dia 13 de abril, a revista “Consumer Reports” recomendou não comprar o Lexus GX 460 após realizar testes com o veículo e considerá-lo “um risco de segurança” por problemas de estabilidade que poderiam provocar sua capotagem em altas velocidades.

O anúncio acontece um dia depois que a empresa japonesa, a maior do mundo no setor, aceitou pagar multa recorde de US$ 16,37 milhões imposta pelas autoridades dos Estados Unidos por ocultar, durante meses, um defeito em seus veículos. O grupo, no entanto, assinalou que ao aceitar o pagamento da multa, a empresa não reconhece sua culpa.