A gigante automobilística japonesa Toyota e a sua pequena rival Mazda anunciaram, nesta sexta-feira, que vão se juntar para desenvolver carros elétricos em uma fábrica a ser construída nos Estados Unidos, com custo de 1,6 bilhão de dólares e potencial de criar 4 mil empregos.

Continua depois da publicidade

A indústria automotiva tem migrado para um transporte mais “limpo” e um uso melhor de tecnologia da informação.

“Agora, temos uma batalha com novos rivais, especialmente em mercados emergentes, e também uma luta com companhias de TI, como Apple e Google”, afirmou o presidente da Toyota Akio Toyoda numa coletiva de imprensa. “Acho que uma batalha sem precedentes começou”, disse.

As fabricantes japonesas ainda enfrentam incertezas sobre o estímulo do presidente americano Donald Trump às empresas nacionais em detrimento de importações estrangeiras.

Continua depois da publicidade

Ele criticou a Toyota por seu projeto de construir uma fábrica no México, ameaçando taxar seus veículos. A companhia baseada em Hiroshima, Mazda, não tem fábricas nos Estados Unidos.

Contudo, Trump celebrou o anúncio da nova construtora no Twitter: “Um grande investimento na indústria americana!”.

Em 2015, a Toyota e a Mazda assinaram um memorando de entendimento para explorar essa colaboração. Nesta sexta, as empresas afirmaram que vão juntar forças para a tecnologia-chave da próxima geração.

Continua depois da publicidade

As duas vão investir US$ 1,6 bilhão na construção da fábrica que vai produzir modelos híbridos do Toyota Corolla sedã a partir de 2021. A capacidade de produção será de 300 mil veículos por ano e até 4 mil empregos devem ser criados.

Enquanto as duas afinam a colaboração, a Toyota vai adquirir cerca de 5% das ações da Mazda, que investirá na Toyota em retorno.

A Toyota vendeu mais de 10 milhões de veículos híbridos de gasolina e elétricos, como o Prius, desde 1997 no mundo todo.

Continua depois da publicidade

Mas a empresa luta para desenvolver carros elétricos já que vários países anunciam planos de limitar carros movidos a gasolina ou diesel.

A França e o Reino Unido disseram que vão encerrar as vendas desse tipo de carros até 2040.

* AFP