A montadora japonesa Toyota anunciou nesta quinta-feira o recall de 1,5 milhão de veículos em consequência de um possível vazamento do líquido do sistema de freio, meses depois de ter convocado recalls de quase 10 milhões de carros por diversas avarias. A medida afeta 750.000 carros nos Estados Unidos, 582.000 no Japão, 60.000 na China, 50.000 em outros países asiáticos, 50.000 na Europa e 30.000 na Austrália.

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Vários modelos estão envolvidos, incluindo veículos da marca Lexus RX330, GS300, IS250 e IS350, assim como vários carros da marca Toyota, como Avalon, Alphard e Highlander.

A medida foi adotada em consequência do risco de um pequeno vazamento do líquido do sistema de freio, que na pior das hipóteses provocaria uma leve redução na eficácia da freagem, explicou à AFP uma fonte da empresa, que fez questão de destacar que nenhum acidente foi registrado por este motivo.

O novo anúncio acontece meses depois da grave crise que a montadora nipônica enfrentou no fim de 2009 e início de 2010, quando se viu obrigada a convocar recalls de quase 10 milhões de veículos, principalmente nos Estados Unidos.

Os incidentes afetaram a imagem da marca no exterior, especialmente nos Estados Unidos no setor dos carros híbridos, equipados com motores que funcionam com gasolina e eletricidade, e que representa uma área chave da estratégia de desenvolvimento da empresa em um mercado com sensibilidade ecológica.

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Por estas falhas, a Toyota teve que pagar uma multa recorde de 16,4 milhões de dólares nos Estados Unidos e enfrenta julgamentos coletivos de clientes. Neste mercado, perdeu 1,4% e agora tem 15,2% do total de vendas, caindo do segundo para o terceiro lugar.

O presidente da Toyota, Akio Toyoda, herdeiro do fundador do grupo, saiu fragilizado da crise, especialmente após o desempenho ruim em uma audiência no Congresso americano.

A empresa parece ter se recuperado em seguida, apesar do recall de mais 1,4 milhão de veículos no meio do ano por problemas de motor.

A Toyota, que conservou a confiança dos japoneses, registrou um bom resultado no primeiro trimestre de seu ano fiscal, que vai de abril de 2010 a março de 2011.

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O grupo vendeu 1,82 milhão de veículos de abril a junho, quase 30% a mais que no mesmo período do ano anterior, quando o mercado enfrentava dificuldades para superar a recessão de 2008.