Um torneio de futsal de categorias de base que será realizado no Litoral Norte de Santa Catarina é alvo de um abaixo-assinado na internet. Isso porque a organização do 17ª Supercopa América de Futsal Masculino não permite a inscrição de uma menina de 10 anos que integra uma equipe do Pará. A mãe da jovem goleira Clara Rodrigues tenta sensibilizar a organização por meio da manifestação via web para que ela possa participar da torneio que será realizado entre 23 e 27 deste mês.
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A reportagem tentou entrar em contato com a empresa Super Esporte 10, sediada em Balneário Camboriú, mas não obteve resposta. Em nota enviada ao GloboEsporte.com/pa, os organizadores informaram que, conforme o regulamento, “a competição é exclusivamente masculina”. A alegação é embasada no primeiro artigo do documento, que dispõe sobre o nome oficial do evento esportivo: 17ª Copa Supercopa América de Futsal Masculino (clique aqui e confira o regulamento completo).
No mesmo comunicado, os organizadores ratificaram que não se trata de impedimento, que para próximas edições do torneio avaliam a abertura de vagas para meninas e, ainda, que são patrocinadores de três equipes de futsal feminino.
A menina Clara Rodrigues joga na equipe sub-10 do Tuna Luso. Os demais meninos do time foram inscritos na competição, mas a ficha da goleira não foi aceita. Por isso, a mãe Renata Rodrigues começou a buscar outro caminho para que a filha participe do torneio com seus colegas. A alegação dela é que no regulamento específico do futsal são permitidos times mistos até os 13 anos. No entanto, a Supercopa América não é reconhecida pela Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), entidade que rege a modalidade no País.

– Dizer pra ela que não vai jogar só porque é menina, é difícil – disse a mãe, em entrevista ao G1/PA.
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As inscrições para o torneio vão até a próxima segunda-feira. Até lá, a esperança é que um abaixo-assinado sensibilize os organizadores. Até o início da tarde desta sexta, era mais de 2,5 mil assinaturas (clique aqui para acessar o abaixo-assinado). Renata Rodrigues também divulgou nas redes sociais um vídeo da menina em que Clara pede apoio para poder participar da competição em solo catarinense.