A torcida organizada Fúria Marcilista, do Clube Náutico Marcílio Dias de Itajaí, está proibida de frequentar qualquer competição realizada em estádios e ginásios de esporte nos próximos quatro meses. A decisão, que ocorreu após reunião nesta sexta-feira (15), é valida para atividades esportivas de qualquer modalidade (profissional, não profissional e amistosa) e em espaços de todo o país.
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Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a proibição será de 15 de agosto até 15 de dezembro. Os integrantes não poderão entrar nos locais portando vestuários, bandeiras, faixas ou quaisquer outros instrumentos com referência aos símbolos do grupo.
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O motivo do impedimento foi o registro de conflitos durante dois jogos que ocorreram este ano no Estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí: Marcílio Dias x Avaí, em 21 de janeiro; e Marcílio Dias x Camboriú, em 5 de fevereiro.
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Conforme informações encaminhadas pela Polícia Militar, integrantes da Fúria Marcilista ocasionaram tumulto, atiraram pedras e pedaços de tijolos contra a torcida adversária e o poder público, além de quebrarem o muro da arquibancada.
A proibição de torcidas organizadas frequentarem competições em estádios está prevista em um termo de ajustamento de conduta firmado em 2008 pela promotoria de Santa Catarina com a Federação Catarinense de Futebol (FCF), Polícia Militar e representantes dos clubes catarinenses. Uma das preocupações, segundo o MP, é enfrentar a violência dentro e fora dos estádios.
— Por isso, o constante monitoramento desses locais e a tomada de medidas preventivas em conjunto com outros órgãos da área é tão importante para combater o problema — pontua o promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, titular da 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital e responsável por conduzir a reunião.
Também participaram do encontro o presidente da FCF, Rubens Renato Angelotti, o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor (CCO) do MP, Leonardo Cazonatti Marcinko, além de Carlos Augusto Sell Júnior, da Comissão Permanente de Futebol da Polícia Militar de Santa Catarina.
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Procurado pela reportagem, o Clube Náutico Marcílio Dias informou que ainda analisa a medida “antes de qualquer manifestação”. O NSC Total também entrou em contato com o presidente da Fúria Marcilista, mas não obteve retorno até esta publicação.
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