A torcida do Vasco que estará presente na partida desta quarta-feira, às 22h, no importante jogo contra o Libertad (PAR), em São Januário, irá fazer um protesto pacífico contra o racismo.

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Na partida de ida, em Assunção, os zagueiros Dedé e Renato Silva relataram terem sofrido com atos racistas por parte de torcedores paraguaios. O que os hermanos mal sabiam, porém, era da longa história do clube na luta contra o preconceito racial, que acabou se tornando um marco no País.

Atingidos, os cruz-maltinos prometem, de forma pacífica, responder com manifestações aos insultos. Rostos e mãos pintadas de preto e branco, além de faixas com mensagens, serão alguns dos atos. Nesta terça-feira, um grupo deu uma pequena amostra.

– Esse é o maior título que o clube já conquistou. Há conquistas importantes, derrotas marcantes, mas nada é tão expressivo como essa luta contra o racismo. Daremos, pacificamente, uma resposta histórica, como em 1924 – ressaltou o torcedor Mauro Marques, relembrando a famosa carta do Vasco na época, recusando-se a banir negros do time.

A equipe e o clube preferem ter certa distância dos protestos e nada oficial foi divulgado. A delegação, porém, não esconde a mágoa.

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– A torcida tem o sentimento de defender o clube. Ficamos tristes porque é um retrocesso. É desagradável ver isso a essa altura – disse o técnico Cristovão Borges.