Torcida do Figueirense faz a festa na Avenida Beira-Mar, em Florianópolis

Contidos e nervosos, os torcedores alvinegros que acompanhavam o final da partida no bar do Koxixos, na Avenida Beira-Mar, só explodiram com o apito do árbitro Héber Roberto Lopes. Há seis anos _ desde o título catarinense de 2008 _ que o grito de campeão não era repetido em voz alta por apaixonados pelo Figueirense.

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A alegria pelo 16º título estadual foi imediata entre os ocupantes do estabelecimento, que logo tomaram o estacionamento a espera dos carros de som e as bandeiras em preto e branco que traziam a atmosfera vitoriosa do Orlando Scarpelli.

Veja em fotos a comemoração dos torcedores na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis:

Para abençoar o título tão esperado pelos torcedores, Frederico Bavasso da Silva, sócio do clube desde 58 anos, chegou ao Koxixos pouco depois do placar fechar em 2 a 1 contra o Joinville. Segurando uma placa de “Figueirense campeão” e com uma túnica alvinegra, o “Frei Figueirense” foi fazendo sinais da cruz em quem passava por ele.

– No ano passado eu dei uma água para o Vinícius (Eutrópio) e disse que era abençoada. Foi a água do acesso. Este ano foi na raça mesmo – disse o frei.

Crianças, idosos, mulheres e homens foram somando à massa que cantava o hino do clube a cada veículo que passava pelo estacionamento. Tinha até cachorro vestido com as cores do campeão. Marcelo Ouriques levou o Muk devidamente trajado para a festa.

– Ele tem dois anos. É o seu primeiro título. Ainda vai comemorar muito título nesta vida – comentou o dono.

Foi por volta das 18h30min que o movimento aumentou no local. Na avenida, os carros interagiam com buzinadas frenéticas. O som dos carros era alto e tocava de tudo, sem deixar de lado as paródias com menções ao “Gigante do Estreito”. O ritmo do “Beijinho no Ombro”, da funkeira Valesca Popozuda, foi cantado por um grupo que pedia para o recalque avaiano passar longe.

Segundo estimativa da Polícia Militar, que acompanhou a movimentação desde o final do jogo, por volta das 19h o número de pessoas superava 5 mil, aglomeradas ao longo do estacionamento. E a festa estava longe do fim.