Após passar metade do seu centenário ouvindo piadas dos rivais por nunca ter sido campeão da Taça Libertadores, um dos times mais populares do Brasil está a apenas um jogo de fechar com chave de ouro o ano mais vitorioso da sua história.

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Depois de finalmente conquistar a América pela primeira vez no dia 4 de julho em decisão contra o temido Boca Juniors, da Argentina, o Sport Club Corinthians Paulista disputa o título da Copa do Mundo de Clubes da Fifa contra o último campeão europeu, o poderoso e bilionário Chelsea, da Inglaterra.

A final, no Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, promete colocar em frente à televisão grande parte dos 190 milhões de brasileiros na manhã deste domingo. O jogo começa às 8h30min, no horário de Brasília, e o que não vai faltar é gente apoiando e “secando” o Timão.

Entre os apoiadores do Corinthians está a torcida organizada Coringão Lages, fundada há três anos e que conta com 1.750 membros de toda a Serra Catarinense. Nem todos assistirão ao jogo juntos, mas a diretoria espera reunir perto de 500 pessoas no Ginásio de Esporte Champion, localizado no Bairro Sagrado Coração de Jesus e que abriga a sede do grupo.

A exemplo da final da Libertadores, quando cinco centenas de torcedores foram ao local, um telão e um projetor serão instalados na quadra. A entrada será gratuita, a partir das 7h, mas doações espontâneas poderão ser feitas em dinheiro para auxiliar no pagamento do aparelho, comprado por 15 torcedores. Bandeiras, tambores e foguetes podem ser levados.

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Como o ginásio tem bar, não será permitido entrar com bebidas. E em caso de vitória do Corinthians, uma carreata única será feita pelas principais ruas e avenidas em direção à praça da Catedral, tradicional ponto de comemoração de torcidas, bem no centro da cidade.

Assim, a 20 mil quilômetros do local da histórica decisão, uma nação de lageanos espera passar energias positivas aos jogadores, pois sabem da dificuldade do desafio e da importância de superá-lo. Mas como eles bem dizem, se não for sofrido, não é Corinthians.

– Meu pai era muito corintiano. Ele morreu em 1992, mas estará aqui no domingo -, diz o professor universitário Luiz Antonio Zarelli Martinez, de 61 anos e que, junto com o almoxarife Maycol Küster, 31; o empresário Alexsander Pereira, 31; e o estudante Tiago Pereira, 21, organiza a festa do bando de loucos para assim que o sol se pôr lá na terra do sol nascente.