Torcida do Avaí faz a festa do acesso pelas ruas de Florianópolis

‘Esse Avaí vaí faz coisa’ foi com certeza a frase mais falada pelos torcedores do Leão que dominaram o bar Koxixo’s, na Beira-mar de Florianópolis, no início da noite deste sábado. Com camisas de todas as campanhas do Leão, os torcedores se reuniam entre rodas de samba, funk e até do hino que tocava a cada meia hora: “Na Ilha formosa, cheia de graça, o time da raça”.

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E raça foi o que o Avaí mostrou dentro da Ressacada. Mesmo dependendo de alguns resultados, o Leão deu alegria à sua torcida com um gol de Marquinhos e o carimbo de retorno à Série A. E em 2015, o time vai dar uma satisfação diferente ao pequeno torcedor Lucas Duarte, quatro anos. Ele não tem recordações de um jogo do seu time na elite do futebol nacional.

– A família é toda avaiana. Vimos o jogo em casa e corremos para comemorar o acesso! É o primeiro dele – aponta a mãe Rejane Duarte para o filho, que come feliz uma pipoca toda azul feita pelo seu Waldir, de 60 anos, especialmente para o dia. Afinal, torcedor que é torcedor tem o azul na camisa, no rosto, na língua.

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A noite foi passando e os gritos de “Leão, êo, Leão, êo” foram ficando mais altos. Podia ser a bebida, ou a antecipação pela passagem dos heróis do acesso pelo bar. De qualquer forma, mais torcedores chegavam ao local já cativo de comemorações na Ilha vindos de casa, de festas, do trabalho e da própria Ressacada. Caso de Fábio Ramos, que sofreu a cada resultado gritado pelos narradores do rádio em seu ouvido.

– Não acreditava que ia subir, mas não duvidava. Por isso fui. O Leão realmente faz coisa – garante.

Às 21h, a torcida que já comemorava incansavelmente há mais duas horas começou a tomar as avenidas da Beira-Mar e parar o trânsito. Nenhum carro passava sem uma buzinada, uma sacudida de torcedores mais energéticos ou um grito para fora da janela “É SÉRIE A”. O Koxixo’s já era pequeno demais para o tamanho da festa do Leão.

E assim a festa seguiu pela noite. A demora para a passagem dos jogadores, a chuva ou até o cansaço de quem estava a mais de sete horas gritando “Leão êo, Leão êo” não foram suficientes para esvaziar o lugar ou diminuir a festa. Afinal, o Avaí voltou à Série A.