A derrota por 4 a 1 diante do Ceará, no sábado (10), aliada a uma convocação do Conselho Deliberativo sobre a possibilidade de vender o mando de campo dos jogos contra Corinthians e Flamengo gerou protestos em Chapecó.
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Na manhã deste domingo (11), faixas foram colocadas na Arena Condá protestando contra o presidente do clube, contra conselheiros e também contra a venda dos jogos. Uma das faixas dizia: "ACF não está à venda, respeito ao sócio". No início da tarde, as três faixas já haviam sido retiradas.
A Chapecoense vive um de seus piores momentos desde que subiu para a Série A, em 2014. O time está na 18ª posição, com 10 pontos em 14 jogos e a pior defesa da competição, com 27 gols sofridos.
Os salários de agosto, que deveriam ter sido pagos no quinto dia útil, ainda não foram quitados. A expectativa é que o pagamento ocorra nesta segunda-feira.
O time perdeu mais de mil sócios desde o início de ano e a bilheteria também está decepcionando, consequência também da má campanha no Brasileirão. A arrecadação deve ficar R$ 10 milhões a menos do que os R$ 98 milhões previstos no orçamento.
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Já as despesas devem passar dos R$ 100 milhões devido às rescisões contratuais – já trocou dois técnicos no ano – e acordos judiciais com familiares das vítimas do acidente aéreo de 2016.
O clube confirmou que recebeu proposta de uma empresa para vender o mando de campo dos jogos contra o Corinthians, em 25 de setembro, e Flamengo, em 6 de outubro, por mais de R$ 1 milhão cada. A direção resolveu deixar a decisão para o Conselho Deliberativo, em reunião marcada para o dia 19 de agosto. Mas, pela repercussão negativa junto aos torcedores, dificilmente a proposta será aprovada.
Resta buscar empréstimos bancários para ter capital de giro. A falta de dinheiro também dificulta a chegada de reforços ou até mesmo de um técnico. Por isso, a direção está tentando manter o interino Emerson Cris. O jogo do próximo domingo, contra o Avaí, na Arena Condá, é visto como decisivo para o destino do clube.
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