A imagem da Seleção Brasileira está tão desgastada junto à opinião pública, que já é lugar comum ouvir pessoas dizendo que vão torcer contra, amanhã, diante do Japão. Às vezes é uma postura momentânea, na hora do jogo o coração bate mais forte e estes revoltados voltam a vibrar com a camisa canarinho. Mas o esforço recente – e nos últimos anos – é tão grande em denegrir a imagem da Seleção, que já há aqueles que realmente não dão a mínima para um tropeço brasileiro. Há até aqueles que “secam” para ver se, com um enorme vexame internacional, acelera-se definitivamente a implantação do profissionalismo no futebol brasileiro. De minha parte, vou torcer pelos garotos. Registro Não gosto de pecar por não emitir opinião sincera. Mas reconheço que minha visão radical da festa de abertura das Olimpíadas, qualificando-a de megachatice, teve poucos adeptos. Foram muitos os que discordaram de mim. Desde leitores, passando por colegas e até parentes consideraram a festa bonita e emocionante. Houve, claro, aqueles que concordaram comigo, mas em número bem menor. Estou pensando em rever a gravação da cerimônia “com outros olhos” – se eu agüentar, óbvio. Inter de Lages Ainda é tímida, mas começa a ganhar corpo em Lages a idéia de fazer renascer o Esporte Clube Internacional, campeão catarinense de 1965. Já o Inter que este ano foi campeão da Segundona tem o nome de Sociedade Esportiva e Recreativa Internacional (SER-Inter), uma tentativa de burlar a lei e se livrar das dívidas contraídas anteriormente pelo Inter original, que fechou suas portas em 1995. O mentor do “novo” Inter é João Gaspar de Barros Saldanha. Movido à crise Por que conseguir a classificação antecipada se ela pode vir sofrida, suada? Assim parece ser a índole do Avaí. Obter sucesso, sim, mas à custa de muita energia. Na base da garra. Mas algumas arestas precisam ser aparadas. O técnico Roberto Cavalo não encontrou, ainda, o “timing” da equipe. A culpa, até agora, tem sido das lesões. Aguardemos. Em tempo, por que o César Silva virou banco? Deficiência técnica? Ou crise interna? Desencantou Não foi dado ao Aldrovani o mesmo destaque que foi emprestado ao Dão por ter acabado o jejum de gols. O Aldrovani, como maior artilheiro da história alvinegra numa temporada, merecia tanta festa quanto Dão por ter resolvido uma parada importante para o seu time. Se ele se livrar da má fase por que passou, é tão titular quanto o Dão e o Camanducaia. Como os três juntos não funcionou a contento, taí um pepino dos grandes para o técnico Luiz Carlos Cruz resolver no futuro.
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