Já não é mais o maior do mundo, é verdade, mas não existe outro cenário no planeta bola com tanta história como o Maracanã. E quis o destino que o reencontro do Joinville com os gigantes do futebol brasileiro tivesse início sob o brilho dos refletores do Maraca na noite deste sábado, às 21 horas, na Cidade Maravilhosa.

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Marcelo Costa, Kempes e companhia vão entrar em campo pelo mesmo túnel que voltou o craque Messi, de cabeça baixa, ao perder a última Copa. Quando chegar pertinho da trave, talvez o goleiro Oliveira se lembre de ter visto pela TV o jovem Mario Götze matar a bola no peito e esticar o pé para fazer o gol do título alemão.

Tudo sobre a grama onde pisaram os maiores gênios do futebol. Até um robô se arrepiaria. Quem será o anfitrião do JEC na volta à elite, cheio de má intenção, é o Fluminense. Tradicionalíssimo na terra do Cristo Redentor e digno de dar as boas-vindas ao Tricolor, mas longe de ser um bicho-papão.

Claro que todo esse enredo não terminaria sem o cantinho preto, branco e vermelho nas arquibancadas. Espera-se algo em torno de mil vozes jequeanas no Maracanã. Quatro delas terão pulmões carregados de confiança: Juliano Carvalho dos Santos, 30 anos; Robson Júnior, 28; Fábio Machado, 29; e Rafael da Silva, 30, embarcaram em um ônibus fretado ainda na sexta à noite para ver o JEC no Rio.

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– Sem desmerecer os torcedores empolgados com as últimas conquistas, mas acompanhamos o Joinville do inferno ao céu. Vimos esse time na Série D e nunca desistimos – destaca Juliano.

Todos acreditam que, se não voltar com uma vitória, o Joinville ao menos jogue de igual para igual com o Flu.

– Meu vizinho é Fluminense roxo. Ele mesmo diz que é capaz de o JEC conseguir três pontos lá porque vem embalado – reforça Rafael.

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Robson e Fábio também sabem que, seja qual for o resultado, estarão testemunhando a história. História que põe fim à espera de 28 anos pelo retorno do Joinville à Primeira Divisão. E que começa a ser reescrita neste sábado.