De forma tímida, Blumenau começa a ganhar as cores verde e amarela. Ao contrário de edições anteriores, parece que desta vez o brasileiro ainda não comprou a Copa do Mundo. Talvez por vergonha ou por discordar da vinda da competição à nossa terra. Mas ainda é possível encontrar quem sabe separar as coisas. Afinal, Copa é Copa, não importa o ano e nem o local em que ela aconteça. Se no comércio boa parte das lojas já vestiu as cores da nossa bandeira, aos poucos os lares e as ruas também se colorem.

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No bairro Vila Nova, é possível passar pela rua Benjamin Constant e ver uma casa onde as bandeiras do Brasil tomaram conta. Na residência moram o casal de aposentados Luiz Bassani, 84 anos, e Maura de Amorim, 71. Os dois se casaram há nove anos, depois de ficarem viúvos e se conhecerem em um evento destinado à terceira idade. A paixão pelo futebol e pelo Flamengo foi uma das coisas que os uniu. E juntos fizeram questão de manter a tradição de enfeitar a casa durante a Copa do Mundo. Especialmente dona Maura, que guarda o material de anos anteriores e reaproveita.

– O problema desses protestos e greves é que tem muita politicagem no meio. E complicou por ser ano de eleição, aí querem usar a Copa para ganhar voto e não é certo isso – analisa seu Luiz.

Fã de esporte, seu Luiz diz que só tira a TV dos canais de esporte na hora do Jornal Nacional. Durante a entrevista na tarde de sexta-feira, aproveitava para dar uma espiada na partida entre Brasil e Polônia pela Liga Mundial de Vôlei.

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– Eu quero aproveitar essa Copa do Mundo, pode ser que seja a minha última. A gente precisa ter orgulho dela acontecer no nosso país – comenta o aposentado.

Dona Maura é a responsável pela decoração. Diz que conta com a ajuda do neto, que mora em uma casa ao lado. Ela adora futebol, especialmente de Copa do Mundo. E espera ver o Brasil na final para comemorar com a família:

– Eu gosto de organizar as coisas, deixar tudo enfeitado. Faço isso no Natal, na Copa, acho que é bom ter esse espírito sempre.

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