Torcedores do Boca Juniors causaram confusão no Extremo-Oeste de Santa Catarina. Na cidade de Dionísio Cerqueira, que faz fronteira com a Argentina, um grupo tentou dar calote em um posto de combustíveis em prática conhecida entre torcidas organizadas como “arrastão”. A Polícia Militar foi acionada por volta das 19h desta quinta-feira (28).

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— Não teve ameaça. Eles entraram para dentro da conveniência para comprar. Só que existe um modus operandi. Eles entraram em umas 30 pessoas, mas cabem 10 aqui. A gente não podia fazer nada. Eles foram entrando e pegando tudo — afirmou um funcionário do local, Jadson Fagundes, ao Diário Catarinense, que obteve imagens internas de uma câmera de segurança da conveniência.

Sem conseguir conter o grupo, que se distribuiu entre um ônibus e uma van, o funcionário acionou a PM. Os policiais conseguiram abordar ao menos o ônibus com os torcedores quando ele já estava na aduana, onde o grupo se preparava para entrar de volta na Argentina. As autoridades brasileiras fizeram contato então com os pares argentinos para explicar e tentar resolver a situação.

Os torcedores alegaram ter se esquecido de fazer o pagamento e saldaram apenas o que a conveniência teve tempo de contabilizar, quase R$ 800 em produtos. No entanto, já de volta ao posto, funcionários do local verificaram que havia até notas de pesos argentinos falsas entre o dinheiro entregue pelo grupo.

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A equipe do Boca Juniors esteve no Brasil na terça (26), quando perdeu em jogo contra o Corinthians em São Paulo. Na ocasião, um torcedor argentino deixou o estádio corintiano detido pela PM local por crime de injúria racial. Ele foi visto na Neo Química Arena imitando um macaco.

No dia seguinte, no entanto, o homem identificado como Leonardo Ponzo foi solto após pagar fiança de R$ 3 mil, em ocasião em que esteve acompanhado de representantes do consulado argentino na capital paulista. 

Torcedor preso por injúria racial debochou do caso após soltura
Torcedor preso por injúria racial debochou do caso após soltura (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Pouco depois de solto, ele posou para um foto em que constava a frase “aqui não houve nada” — “acá no pasó nada”, na versão original em espanhol — acompanhada de um emoji de macaco. A imagem em tom de deboche foi publicada por um outro torcedor, identificado como Nicolás Garay.

A PM em Dionísio Cerqueira não soube confirmar se algum dos dois esteve envolvido na confusão no posto de combustíveis, já que os torcedores presentes no ônibus não tiveram seus nomes relatados no boletim de ocorrência.

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Nas redes sociais, o Corinthians repudiou o ato de racismo. Em resposta, o Boca Juniors afirmou que analisaria o caso e puniria o torcedor “eventualmente”.

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