Dois dos três torcedores do Avaí, acusados de jogar uma bomba que atingiu e dilacerou a mão direita do torcedor do Criciúma, Ivo Costa, na época com 61 anos de idade, foram condenados, em primeira instância, pela Justiça de SC. Cabe recurso.

Continua depois da publicidade

Franklin Roger Pereira e Juliano Marinho de França foram condenados a quatro anos e oito meses em regime semiaberto – cumprido, geralmente, em cadeias agrícolas ou industriais, com trabalho durante o dia. Eles também terão que pagar as custas processuais, sentenciou o Juiz Marlon Jesus Soares de Souza, da Comarca de Criciúma.

A condenação foi por lesão corporal de natureza grave, com as agravantes de ter impossibilitado a defesa da vítima e com uso de explosivo. O crime foi doloso – houve aumento de pena de crimes cometidos contra pessoas acima de 60 anos. Isso significou, ao final, aumento em um terço da pena – mais um ano e dois meses a partir da condenação inicial.

Franklin poderá recorrer da sentença em liberdade. Juliano teve o direito de recurso fora da cadeia negado. Segundo o juiz, porque “foi o executor do crime e não foi encontrado para intimação”.

Continua depois da publicidade

Como foi

O caso aconteceu em fevereiro de 2008. Na partida entre Criciúma e Avaí, um foguete foi jogado na direção da torcida do Criciúma. Seu Ivo tentou empurrar o artefato, que explodiu e dilacerou a mão dele.

O aposentado chegou a dizer que não queria mais ir a nenhum estádio de futebol. Mudou de ideia e acompanhou o time do coração até o último dia de sua vida.

Em 24 de outubro de 2010, o clube subiu para a Série B do Brasileiro, no jogo contra o Macaé. Seu Ivo estava lá para assistir. No dia seguinte, a família o encontrou morto, por volta das 7h.

Continua depois da publicidade