Com o silêncio dos atletas no desembarque após a derrota para o Sport, o gerente de Futebol do Avaí, Júlio Rondinelli, preparava-se para dar explicações em entrevista coletiva, ontem, quando foi interrompido por fogos de artifício e gritos de ordem vindo de fora da Ressacada.
Continua depois da publicidade
Quando o barulho parou, cerca de 20 torcedores abriram o portão que dá acesso ao estacionamento dos jogadores e invadiram o estádio. Protestando, seguiram para as arquibancadas do estádio, enquanto os seguranças do clube eram chamados.
Logo, os funcionários se prontificaram a trancar todas as saídas do estacionamento, evitando que os torcedores e até mesmo a imprensa presente deixassem o local.
Enquanto isso, os torcedores, que fazem parte da torcida uniformizada Mancha Azul, continuavam a gritar cantos de protestos pela má fase da equipe.
Das arquibancadas, pediram raça ao time para sair da situação que se encontra _ com a derrota na última rodada, o Avaí chegou a seis jogos sem vencer na Série B e, ao final da 9ª rodada, pode entrar na zona de rebaixamento se América-RN e Guaratinguetá venceram hoje à noite.
Continua depois da publicidade
Visivelmente assustado, Júlio Rondinelli tentou acalmar os torcedores, apesar de, de alguma forma, ter dado razão à falta de paciência com a equipe, que começou a competição esperançosa e hoje briga para fugir da zona de descenso.
– O descontentamento é de toda a torcida, de todo mundo que trabalha e está envolvido no projeto do Avaí. Respeito demais a torcida, o Avaí só existe por causa deles. No momento bom sempre nos incentivaram, e tenho certeza que também vão nos incentivar nesse momento difícil. O descontentamento é de todos – disse.