No colo da mãe Rafaela Reinert, a pequena Heloisa, de um ano e dois meses, aguardava pela primeira vez a entrada dos jogadores em campo. Animada, a garotinha distribuía tchauzinhos e sorrisos a quem lhe desse atenção.
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No outro extremo da Arena, Gislaine Cristina Machado Ferrari estampava um grandioso pedido de paz na barriga nua. Grávida de seis meses de Kevin, ela levou ao estádio o filho que nem nasceu além de Kauã, seu primogênito.
Já para Gustavo, de nove anos, ontem foi um grande dia. Apaixonado por futebol, o garoto passou a semana inteira pedindo ao pai, Dimas Gonçalves dos Santos, que o levasse ao estádio. Apesar da timidez, a felicidade era clara:
– Eu vim aqui porque queria muito ver o JEC jogar.
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Estes são alguns dos exemplos de famílias que estiveram presentes na Arena. Todos com o mesmo objetivo: mostrar ao mundo a alegria de ver o futebol em clima de paz. O clima tomou conta das arquibancadas. Veja abaixo outras histórias.
Coração gigante
Com a frase “Aqui se torce com o coração, sem deixar a emoção ultrapassar a razão”, cinco amigos foram para a Arena dispostos a ficar exatamente na área em que houve a briga. Um coração gigante, pintado de vermelho, chamava a atenção de todo o estádio. Taíse da Silva, Odirlei Rosa, Ketlyn Petrich, Jeferson Sapelini e Marcos José da Silva vão ao estádio em todos os jogos do JEC. Mas desta vez foi especial: ficaram exatamente no local da pancadaria.
As filhas primeiro
As irmãs Ana Clara de sete meses de idade e Maria Fernanda, de sete anos, estavam entre os primeiros torcedores que entraram na Arena Joinville ontem. No colo do pai Rainier, a menina era só sorrisos.
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– É um momento importante, por isso eu trouxe elas. Vamos mostrar que a Arena é das famílias de Joinville – disse o pai.
Sombra do bem
Em vez da sombra provocada pela fumaça e pelas bombas jogadas pela Polícia Militar na semana passada para conter a pancadaria, uma outra sombra fazia a alegria da torcedora Soraia Fernandes e a filha Carolina, de dois anos, aproveitavam uma outra sombra. A mãe fez questão de explicar o que houve para a filha e a levou vestida branco.
Joinville is Peace
Os amigos José Luiz Rosa e Odair Beltrame usaram uma faixa escrita em inglês para dar o seu recado.
– Aquela pancadaria foi vista no mundo todo. Agora, vamos dar o nosso recado para que o mundo veja que não é assim aqui na Arena – disse Odair.
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Eles também ocuparam uma área sob o placar eletrônico.
O mais jovem
Matheus Claudino tem só quatro meses e foi ver de perto o primeiro título de sua vida vestido com as cores do JEC. Ele foi com a mãe e a Suelen e a tia Juliana. Eles ficaram na primeira fila, bem pertinho do campo. Mesmo sem entender o que estava acontecendo, ele ficou de olho na festa da torcida e no jogo que rolava ali bem pertinho.