A camiseta vermelha da seleção sul-coreana estava coberta por uma jaqueta não muito grossa. Era o único agasalho que Michael Kim tinha colocado na mala.
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– Foi uma grande surpresa esta diferença de temperatura, terei de comprar roupas – disse Michael, que aproveitava a Fifa Fan Fest ao lado da mulher, Michelle, na tarde desta sexta-feira.
O casal de sul-coreanos que vive nos Estados Unidos saiu na noite de quinta-feira do calor de 30ºC de Cuiabá, onde a Coreia do Sul havia enfrentado a Rússia dias antes, e desembarcou na madrugada fria de Porto Alegre, com míseros 3ºC. Michael revelou que a maioria dos conterrâneos fez uma parada em Foz do Iguaçu, já que “não há muito para conhecer” na capital gaúcha, segundo ele.
Não é o que pensam os argelinos Hamid Abbad, Aoudia Abdelfatah, Hichem Chekhab e Dahmane Aroua. O grupo de amigos fechou um pacote com uma agência de viagens francesa para ficar sete dias na Capital.
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– Vamos conhecer o centro histórico, os monumentos e queremos ver o jogo do Brasil aqui na Fan Fest segunda-feira. Isso deve ficar bem cheio quando tem jogo do Brasil – comentou Dahmane Aroua, olhando em volta como quem tentava imaginar o tamanho da festa.
Apesar do público reduzido nesta sexta-feira, o sul-coreano Lucas Choi, 29 anos, era todo sorriso ao lado da amiga porto-alegrense Júlia Lessa, 25. Os dois trabalharam juntos em uma empresa de tecnologia no Panamá, onde Lucas vive há um ano e meio.
– Copa no Brasil é como 30 dias de Carnaval – resumiu.
Lucas já havia estado em Porto Alegre em 2012. Disse que andou de bicicleta na cidade e achou a estrutura bem melhor agora, “com menos obras”. O sul-coreano de espírito latino revelou ainda um gosto peculiar em relação à culinária local:
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– Venho para cá só para comer temaki!
Coreia do Sul e Argélia se enfrentam no domingo, às 16h, no Beira-Rio.