A paixão pelo futebol é algo inexplicável e faz com que os torcedores realizem loucuras pelo clube do coração. No caso do projetista Diego Cagneti, de 31 anos, é um sentimento consciente de quem quer manter preservada a história do JEC. Em 2003, ele começou uma coleção que hoje reúne 221 camisas do Tricolor de diferentes épocas desde a fundação do time.
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Diego se apaixonou pelo Joinville com cerca de três anos. A lembrança mais antiga é de estar no Ernestão para ver o jogo ao lado do pai, que já era sócio do clube. A cada aniversário, o projetista ganhava uma camisa tricolor do pai. No entanto, considera que o início da coleção foi apenas em 2003, quando comprou a primeira camisa pela internet com o próprio dinheiro.
— Hoje tenho 221 camisas de vários modelos diferentes. As que tenho igual, têm a numeração diferente — ressalta.
Um dos sonhos do joinvilense é completar o jogo de camisas com a numeração de 1 a 12 do time campeão do Campeonato Catarinense de 2001. Foi a conquista mais marcante para ele, por ter vivido a época junto com a torcida. Ele esteve no primeiro jogo da final na vitória tricolor por 3 a 0 contra o Criciúma, no Ernestão, e ainda recorda de vários momentos da partida, inclusive dos gols.
Para manter a coleção em dia, às vezes, Diego precisa de muita negociação para conseguir novos modelos. O mais difícil foi o de 1978. Ele descobriu que um colecionador de São Paulo tinha uma das camisas e precisou negociar durante mais de um ano para realizar o desejo. No fim, recebeu a camisa pelos correios quando menos esperava.
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— Ele me contou que tinha encontrado uma revista do JEC e ia me mandar pelo correio. Quando abri a caixa que recebi, era a camisa. Ele me mandou de surpresa, disse que eu era a pessoa certa para ficar com aquela camisa e poderia pagar quando pudesse — conta.
Exposição das camisas em eventos
A coleção hoje está guardada em quatro caixas grandes dentro do apartamento da família, mas em eventos comemorativos e exposições elas são levadas pelo projetista para recordar a história do clube do coração. Diego também salienta que todas as camisas serão uma herança para o filho Théo, de três anos.
Desde o momento em que o menino nasceu, Diego não via a hora dele vesti-lo com uma camisa tricolor. Ele tinha dois anos quando foi ao estádio pela primeira vez e hoje já tem mais de dez camisas do clube. O pai conta que até em jogos que não valiam muito para a competição acabou indo para levar o filho.
— Sempre pergunto para ele se quer ir ao jogo e não forço quando prefere ficar em casa. Hoje, vou mais ao estádio por causa dele, fazendo o mesmo caminho que meu pai fez comigo lá atrás — lembra.
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Diego espera que o filho mantenha a mesma paixão pelo clube que ele aprendeu a ter com o pai. Porém, ele sabe que isso também vai depender do desempenho do JEC dentro de campo. Faltando um dia para a estreia na Série D, a esperança do tricolor é de ver o time ganhando jogos para conseguir mais uma vez o acesso no Campeonato Brasileiro.