A quarta-feira começou como todos os dias de jogo do Figueirense para João Batista Rodrigues Jr, o Zó Rodrigues. Entre as preparações para o relançamento de seu livro “Eu Benzo esta Ilha”, o apaixonado torcedor e ex-jogador alvinegro de Florianópolis encontrou um tempo para assistir pela televisão seu time do coração enfrentar o Criciúma no Orlando Scarpelli.
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Mas ao vibrar com o gol do Figueirense aos 17 minutos da etapa complementar contra o Tigre, o ex-dentista não resistiu a um enfarto fulminante e faleceu em sua residência em Coqueiros aos 82 anos. De acordo com a família, ele era saudável e ele não tinha histórico de problemas cardíacos.
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Quando ouviu o “GOOL” gritado por seu marido, Celina prontamente perguntou de quem – afinal, o times deles perdia de um a zero dentro de casa. A falta de resposta assustou a esposa que voltou à sala e viu Zó já desmaiado. O Samu foi chamado, mas não conseguiu reanimá-lo.
– Ele participava do dia a dia do Figueirense, ia em todas as reuniões do Conselho. Era a paixão dele. Meu pai dizia que era mais Figueirense do que brasileiro – relembra o filho de Zó, Guilherme Rodrigues.
Mesmo avaiano, Guilherme costumava acompanhar o pai nos jogos do Figueirense quando criança. E afirma que apesar de grande paixão do pai pelo time do Estreito, nunca houve conflitos com sua torcida pelo rival.
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– Nunca houve nenhum tipo de indisposição por isso. Ele sempre foi muito respeitoso, mesmo eu torcendo para o grande rival dele! – brinca.
Zó iria lançar seu livro nesta quinta, no Museu Cruz e Souza
Foto: KKFurttado/Divulgação
Zó Rodrigues iria relançar seu livro “Eu benzo esta Ilha“, no Jardim do Museu Cruz e Souza, na Capital. O livro que contava histórias das praias, bairros e curiosidades de Florianópolis foi lançado há sete anos e teria uma segunda edição. O evento foi cancelado, mas a obra está à venda na banca de jornal da Praça XV, no centro de Florianópolis.
Ele deixa a esposa Celina Rodrigues, quatro filhos e cinco netos. O velório acontece no Cemitério Jardim da Paz e o sepultamento será às 16h no mesmo local.
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Pela importante presença de Zó no Figueirense – que chegou até a cuidar de graça dos dentes dos jogadores antes de se aposentar – o clube planeja uma homenagem para o manezinho ainda durante o velório.