Um professor de matemática do ensino fundamental de Lebon Régis, cidade do Oeste catarinense, foi condenado a mais de 20 anos de prisão por assediar e perseguir duas alunas. De acordo com o Ministério Público, os fatos ocorreram entre 2022 e 2023, quando as vítimas tinham 12 anos.
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A denúncia cita que o homem dizia palavras maliciosas às estudantes e as tocava de forma imprópria. A ação penal cita carícias no pescoço, nos ombros e nos cabelos, toques lascivos em regiões íntimas, elogios inoportunos, entre outras ações que abalaram e constrangeram as meninas. À época, elas procuraram a direção da escola, que levou a situação à promotoria. Ele foi demitido.
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O homem, atualmente, com 54 anos, foi condenado por praticar atos libidinosos com menores de 14 anos e ameaçar a integridade física e psicológica das vítimas, invadindo a esfera de liberdade e privacidade.
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Sentença
A sentença foi estabelecida em 20 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime, inicial, fechado. O réu não poderá recorrer em liberdade. A idade das vítimas, a relação de autoridade exercida sobre elas e o abuso de poder inerente à profissão pesaram no cálculo da pena. O professor está preso preventivamente desde o último dia 6 de junho e perdeu a função efetiva no estado.
O promotor de Justiça de Lebon Régis, Marcos José Ferreira da Cruz, diz que a condenação vem ao encontro dos valores da sociedade.
— Estamos falando de um professor que deveria zelar pelas alunas, mas usou a função para persegui-las e assediá-las. A justiça foi feita e esperamos que as vítimas possam superar os traumas vividos dentro de um ambiente no qual o respeito deve imperar, que é a escola — disse.
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