Toneladas de material reciclável estão depositadas a céu aberto em Joaçaba

A Polícia Militar Ambiental (PMA) deve autuar o responsável por uma empresa de reciclagem na comunidade de Santa Clara Baixa em Joaçaba, no Meio-Oeste catarinense. Pelo menos 120 toneladas de material estão depositadas em um terreno onde funcionavam os serviços, paralisados em setembro.

Parte do material está separada em fardos prontos para a venda e tudo está depositado em uma espécie de buraco. Segundo o tenente Tatiano Cabral Broering, da PMA de Herval d?Oeste, a empresa não tem licença para execução do serviço.

O dono da reciclagem teria contado aos agentes que não conseguiu pagar as taxas para regularização do funcionamento. Os produtos não foram recolhidos pela polícia, porque não há deposito para armazenamento.

Conforme o tenente, o responsável terá um prazo, ainda não estipulado, para retirar o material do local. Caso a ordem não seja cumprida, a multa pode variar de R$ 500 a R$ 10 milhões e o responsável responde administrativa e juridicamente, cuja pena pode chegar a seis meses de detenção.

Perigo às crianças

Como tudo está depositado a céu aberto, o local é de fácil acesso e algumas crianças brincam nas pilhas de lixo. A dona de casa Maristela Rodrigues mora em Lages e, no mês passado, visitou a afilhada que é vizinha da empresa de reciclagem. E ficou impressionada ao ver crianças brincando no local. Ela salienta que a intenção é chamar a atenção para o risco que as crianças correm naquele local, assim como os demais moradores da comunidade.

– Quando percebi meus filhos e as demais crianças da rua estavam brincando nos lixos acumulados. Imediatamente tirei todas de lá, pois existem muitos materiais perigosos no local – diz.

Contraponto

O dono da empresa, Claudemir Gregório, disse que teria depositado o material no local no mês de junho. E prometeu retirar tudo até fevereiro, já que teria retomado os trabalhos no local há 15 dias.

– É difícil porque não tem gente querendo trabalhar. Tive dificuldades financeiras e precisei paralisar os serviços, mas já retomei e estou retirando o material. São pelo menos 10 cargas de carreta para tirar tudo – frisa.