Willian Cardoso, Tomas Hermes, Jean da Silva e Luan Wood se classificaram e estão perto de enfrentar Medina ou Mineirinho
Continua depois da publicidade
O fator local está fazendo a diferença no mar da Joaquina nesse Hang Loose Pro Contest 30 Anos. Os catarinenses tiveram bons resultados até agora, e na manhã desta sexta-feira (04), três dos nossos passaram de fase.
Jean da Silva, o primeiro catarinense campeão brasileiro de Surf, em 2010, foi quem entrou antes na água, ainda pelo segundo round. Ele chegou a cair de primeiro para quarto, mas conseguiu se recuperar no finzinho da bateria. Fez 10.6 pontos, contra 10.06 do segundo colocado, o português Frederico Morais.
— Nos últimos 10 segundos, veio uma ondinha pra mim, suficiente para eu virar a bateria. E eu passei depois que peguei essa última onda. Fiquei aguardando o resultado fora da bateria inclusive. Os juízes precisaram rever as manobras — explica o surfista de Joinville, que está na posição 159 do QS e, sem chances de ir para o WCT, busca pontuação apenas para disputar os 10 mil pontos do ano que vem.
Continua depois da publicidade
Na sequência, já pelo terceiro round, o manezinho Mateus Herdy, que antes havia passado na bateria com Medina, foi mal e terminou em 4º, com 7.8 pontos e acabou eliminado. Também deixou a competição o argentino criado em Bombinhas Alejo Muniz.
A quarta bateria da terceira fase teve dois catarinenses classificados. Willian Cardoso (14,16) ficou em primeiro e segue forte na luta pela vaga no WCT. Nascido em Joiville e criado em Balneário Camboriú, o surfista também é conhecido como Panda.
Já Tomas Hermes, morador de Barra Velha, conseguiu se classificar em segundo, com 11.83. Depois dele, Luan Wood, do Matadeiro, também foi bem. Passou com 13,6, atrás do uruguaio Marco Giorgi. Para o surfista, “toda a bateria é uma final”, mas o fato de conhecer a Joaquina como poucos é uma grande vantagem.
Continua depois da publicidade
— É muito bom poder avançar junto com a galera de Santa Catarina. Lógico, é uma vantagem para a gente poder treinar e competir os campeonatos da base nessa praia, então já temos um conhecimento maior. É bom usar isso a nosso favor.
A torcida catarinense ainda espera entrar na água o pernambucano Ian Gouveia, que morou até o ano passado em Florianópolis, e o curitibano radicado na Ilha Yago Dora.
Força local também com “estrangeiros” ligados a SC
Depois do sufoco da primeira bateria, Ian Gouveia passou bem mais confortável no terceiro round. Filho de Fabinho Gouveia, ele fez 15.1 pontos e fechou em primeiro. O surfista de 24 anos que até o ano passado morava na ilha revela que o segredo do sucesso que está fazendo nas ondas vem da sua filha de um ano, a pequena Malia, que ele trouxe pra Joaquina.
Continua depois da publicidade
— Por incrível que pareça, tudo está dando certo depois que eu me tornei pai. E está todo mundo brincando que esse é o segredo e querendo fazer filho pra passar de bateria também — conta, descontraído.
Já o surfista Yago Dora, curitibano morador do Rio Tavares, não teve a mesma sorte. O atleta soube aproveitar as condições da bateria e ficou em último.
— O mar deu uma mudada muito rápida. Fiquei esperando a onda boa, mas na minha bateria o mar parou e começou a fechar. Não consegui me adaptar a isso. Os outros construíram em ondas fracas, mas campeonato é assim e estou feliz de surfar em casa — lamenta o surfista de 20 anos.
Continua depois da publicidade