Todas as três mortes que aconteceram por conta da Covid-19 em Blumenau nos 14 primeiros dias deste ano foram de pessoas que não haviam tomado a vacina contra o vírus. A informação foi confirmada por fontes ligadas à Secretaria Municipal de Saúde. No fim desta semana a prefeitura já havia publicado nas redes sociais a informação de que 80% dos internados em UTI não tinham recebido o imunizante.
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No último boletim, divulgado na noite desta sexta-feira (14), Blumenau confirmou a segunda morte por Covid-19 em 2022, de uma idosa de 71 anos que estava internada desde o dia 8 de janeiro. A informação é de que ela não tinha tomado a vacina. Poucas horas depois, outro idoso, desta vez de 61 anos, veio a óbito na cidade, também sem registro de imunização.
Esses dois casos interromperam uma sequência de seis dias sem vítimas fatais do coronavírus na cidade.
Além dessas duas mortes, Blumenau também havia confirmado o óbito de um jovem de 23 anos no último dia 7. Ele ficou seis meses internado em UTI e, por conta disso, nem sequer teve tempo de receber a vacina contra a Covid-19. Foi o primeiro óbito registrado no município relacionado ao coronavírus em 2022.
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Explosão de casos em Blumenau
Desde o início do ano, Blumenau acompanha o cenário estadual e nacional e registra uma explosão de casos de Covid-19. Por quatro dias consecutivos a cidade bateu o recorte de novos casos confirmados em 24 horas. Só nesta sexta-feira (14) foram 1.235 diagnósticos positivos, segundo boletim consecutivo com quatro dígitos neste indicador.
Além disso, a média móvel de novos testes positivos — indicador usado nacionalmente para entender o comportamento da pandemia — está em 732,3, o que representa o maior número desde março de 2020, quando os dados de coronavírus começaram a ser computados. É, disparado, o maior patamar, o que expõe a alta taxa de infecção em Blumenau.
Em contraste a esse cenário, as internações por Covid-19 nas UTIs da cidade caíram. Depois de uma elevação em 4 de janeiro, quando o número de pacientes na terapia intensiva saltou de seis para 15, houve redução. Nesta sexta-feira, por exemplo, esse número voltou à marca de seis, um dos mais baixos desde o início da pandemia.
Especialistas apontam o avanço da vacinação e a baixa letalidade da variante Ômicron como possíveis responsáveis por esse cenário de baixa nas hospitalizações. Eles são unânimes, porém, em dizer que ainda é cedo para comemorar e que é preciso aguardar mais algumas semanas para entender, de fato, o resultado dessa explosão de infecções.
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