O carisma de Gustavo Kuerten não apenas resiste ao tempo como parece a cada dia maior. Basta o ídolo aparecer para ser cercado de fãs que sequer eram nascidos quando Guga conquistou o tricampeonato do Aberto da França, em Roland Garros (1987, 2000 e 2001) e se tornou o número um do mundo. Com esses troféus ao fundo, uma plateia de crianças à frente — uma delas, a filha Maria Augusta — e o inseparável sorriso no rosto, ele foi anfitrião e atração do Debate Diário na Semana Guga Kuerten.

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Se no ano passado Guga chorou ao falar da recuperação do ex-técnico Larri Passos, desta vez ganhou como presente a vinda do próprio amigo, que atualmente comanda um projeto nos Estados Unidos.

— Todos os anos tem surpresas — comemora o ídolo.

Roberto Alves, Paulo Branchi, Salles Júnior e Chico Lins apresentaram o Debate Diário direto do Jurerê Sport Center, na segunda-feira (8), abrindo a semana dedicada às competições infanto-juvenis. O programa lá já é uma tradição, certificada pelo próprio ídolo.

Ouça como foi o programa:

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Larri Passos também participou do Debate e lembrou quando conheceu o menino Guga:

— Quando conheci ele, desacreditaram total. "Esse rapaz não joga nada"… Não existe sucesso se não colocar amor. A primeira palavra é o amor. Pés no chão e coração no que fazemos.

— Eu tinha 12, 13 anos, ele chegou para mim e disse: você gosta de jogar tênis? Então fala: "Eu amo jogar tênis!" — conta Guga.

Dos craques do tênis atual, Larri vê no espanhol Rafael Nadal (número dois do mundo) a intensidade de Guga tinha, e no sérvio Novak Djokovic (líder do ranking da ATP), a frieza e a alegria.

Um "VAR" que não erra

O presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Rafael Westrupp, também participou do Debate e falou sobre o momento do tênis catarinense, com talentos promissores — vários deles em quadra nesta Semana Guga Kuerten, que vai até domingo nas quadras do Jurerê Sport Center e do Doze de Agosto, no Norte da Ilha.

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Westrupp também entrou na discussão do momento no futebol brasileiro: o VAR. No tênis profissional já é praxe o atleta chamar desafio de vídeo.

A diferença é que, no tênis, o recurso prima pela exatidão — bola dentro, na linha ou fora — e não deixa margem para interpretações pelo árbitro. Cada jogador tem direito a três desafios.