O promotor do Ministério Público de Santa Catarina, Sidney Eloy Dalabrida, afirmou que irá entrar com ação na Justiça para expulsar os três policiais militares condenados por corrupção na operação Arrastão que ainda seguem na Polícia Militar.

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Entre eles, há um major condenado a seis anos e três meses de prisão, além de um cabo (três anos e um mês) e um soldado (três anos e quatro meses).

Nesta entrevista ao DC, Dalabrida diz que a investigação foi emblemática porque uniu Ministério Público e a polícia ao longo de seis meses. Confira os principais trechos:

Diário Catarinense – Por que a demora do julgamento?

Sidney Eloy Dalabrida – Lamentavelmente, o nosso sistema processual permite uma série de manobras para impedir que o processo seja julgado rapidamente, e o juiz, ainda que queira, fica de braços atados, sob pena de causar nulidades. Por isso, não foi julgado antes, como se esperava.

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DC – Qual é a situação dos condenados?

Dalabrida – Nove policiais já foram expulsos. Um, que é oficial, o processo para expulsão está no Tribunal de Justiça. Não foram expulsos um cabo condenado a 3 anos, 1 mês e 10 dias por corrupção, e um soldado condenado a 3 anos e 4 meses também por corrupção.

DC – Por que não foram expulsos?

Dalabrida – Na minha avaliação todos deveriam ter sido expulsos pela PM. Mas, como não foram, vou aguardar o julgamento dos recursos para eu mesmo entrar com ação na justiça para expulsá-los da polícia, já que foram condenados por corrupção.

DC – O que marcou nessa investigação?

Dalabrida – Para o Ministério Público, a decisão serve de exemplo àqueles que violam seus deveres para se aliarem com criminosos. Além disso, é um caso emblemático, porque comprova de modo concreto que a união do Ministério Público e da Polícia durante a investigação contribui para o combate à criminalidade. Depois disso ainda tivemos outras operações com vários policiais envolvidos criminalmente em outro processo também por proteção ao jogo ilegal.